









A palavra "Vertente"do PPP e o interesse da Citânia linda.
Levar um descendente travesso por linhas travessas. Um menino que veio do lado de lá do mundo redondo e aqui brincou, entre pedras antepassadas, com uma violinha das feiras.
Não ia eu ali há que décadas.
A Citânia de Briteiros é um belo e expressivo povoado, da época proto-histórica da Península Ibérica. O que se encontra à superfície é unicamente uma parte das escavações da organizada cidade castreja, com a sua rua principal e diversos bairros de habitação, os balneários, os sistemas de condutas e escoamento de águas, os núcleos profissionais.
Pensa-se que a fase inicial deste povoado teria tido início no I milénio antes de Cristo, pertencendo ao período designado como Idade do Bronze Atlântico. Entre o século II a.C. e os séculos II e III d.C. foi regularmente ocupada, tendo-se integrado no Império após a ocupação, pelos Romanos, do Noroeste Peninsular.
Há ainda vestígios de ocupações posteriores, da época cristã.
Temos, enfim, o olhar testemunho sobre dois mil anos de História, contada em pedra e artefactos da vida quotidiana (Museu da Cultura Castreja, no Solar da Ponte, S. Salvador de Briteiros/Guimarães).
Temos, enfim, o olhar testemunho sobre dois mil anos de História, contada em pedra e artefactos da vida quotidiana (Museu da Cultura Castreja, no Solar da Ponte, S. Salvador de Briteiros/Guimarães).
A beleza do lugar não pode ser captada, na sua integridade, por amadores de história ou de fotografia. O sussurrar das gentes entra-te no coração, em silêncio, como se viajasses pelo teu pé incerto, subindo e descendro a pedra, na paisagem de tantos anos atrás. E todo o lugar é como se fosse uma catedral onde te sentas, a meditar no tempo.
Que ninguém com interesse por "nós" perca este caminho mais do que ancestral e belamente conservado. Para que - o que nos sobra de identidade - ainda valha a pena.