sábado, abril 27, 2024

Homenagem: 50 Anos do 25 de Abril

 "Habitávamos o tempo de espera. Felizmente era Primavera e havia flores, céus, ruas de pessoas livres. E cravos da revolução mais bela, em Portugal." 

E a foto que escolhi. Flores do dia numa oliveira especial.

Nesse dia, estava a trabalhar. Nem pensar em faltar... segui os acontecimentos pelos telefonemas e por um rádio de pilhas que levei às escondidas. Houve tumultos na baixa do Porto, muitas pessoas feridas acabaram no hospital. As forças de segurança aqui estavam ainda, como se diz "tem-te não caias" e "a ver em que paravam as modas"!

Amigos vieram do exílio, sentíamos o cheiro doce e envolvente da Liberdade. 

Foi verdade, é verdade para mim, ainda. Mesmo nas distâncias e controvérsias, nos desmandos que se vão vendo, ouvindo e sentindo.

 

 

 

quinta-feira, abril 18, 2024

PPP - As duas últimas semanas de Abril 2024

Lá vêm as restantes semanas de Abril do PPP, que o mês passa num repente! 

O dia 18 era dedicado à "Língua Chinesa":


Admiro o desenho paciente, caracteres de riscos e rabiscos que terão sentido (para eles) e a mim me soltam a imaginação. A escrita e os desenhos. Também gosto muito de comida chinesa. Como tal, trago aqui a foto da pintura numa parede de um restaurante, com as névoas evocativas de longínquas paisagens e algo dessa língua esvoaçante escrito a um canto. Mais foto de capa de um livro que muito aprecio (ir lendo...).

Será coisa antiga, esta tendência para o Oriente e a China: lembro a minha mãe que, quando eu comentava ou reparava em coisas incomuns, me dizia “Não te ponhas com chinesices”. 

Andando pelas lembranças, reparo que são muitas, isto pelas fotografias como estas abaixo; pela casa também, os apontamentos do Oriente estão por todo o lado. Aqui e ali.




Passo ao dia 25 - "Mulheres nas Tecnologias de Informação e Comunicação"

Para mim, que tão tarde entrei nestes caminhos tecnológicos, nada mais parecido que a imagem desta montra: bela, aliciante e, contudo, de sentido impenetrável e sem significado aparente. Vejo o que quero ou imagino ver: perfis de gente parada e a cabeça no ar da internet cheia de sonhos.


(Quem o viveu tanto-tanto, antes e depois, o 25 de Abril de 1974 é um marco histórico da Maior importância!)

Andámos tanto por estradas nunca vistas, escadas rolantes para o desconhecido... ah, havíamos de encontrar o caminho! 

50 anos passados ainda nos é surpresa, a Liberdade.

 
 

sábado, abril 13, 2024

Duas semanas de Abril no PPP

As propostas que nos puseram a pensar "maduramente" nestas duas primeiras semanas de Abril. Não é fácil, não... Algumas datas consideradas pela ONU "dias de ..."

Dia 4 - Perigo das Minas terrestres  

Da guerra sinto o horror que nos entra pelos olhos e sentimentos dentro. Só o que li, vi e, muito especificamente da nossa Guerra Colonial na Guiné, da qual sei factos concretos. Por exemplo: que as minas terrestres enterradas na terra das picadas eram muitas vezes procuradas com paus pelos pobres soldados. A morte aconteceu a muitos. Que o mundo não os esqueça.

Certamente haverá, mais tarde, o dia contra os "drones" que estão na moda das guerras actuais.

Das fotografias que fui escolhendo, em propósito de ilustração deste texto

Guiné, anos 60
 

Esta foto é de Setembro 1997: estava eu em Londres e a princesa Diana tinha morrido num acidente, em Paris. Era uma pessoa bonita e interessada, nomeadamente visitando em África os lugares "da morte" (Angola) numa campanha de sensibilização contra o uso e o perigo das "minas" terrestres. As flores secam tal como as intenções: só em 2006 a ONU institucionalizou a data de 4 de Abril contra as minas antipessoais.


 

Dia 11 – Voo Espacial

"2001 - Odisseia no Espaço", de 1968, de Stanley Kubrick. Ocorreu-me este inolvidável filme, que vi mais de uma vez e há-de estar gravado algures. A história, as cenas e tudo o que implicou delas para o realizador, as belíssimas músicas, a estranheza de tudo o que nessa época (se) desconhecia. Profundamente lembrado esse olhar aberto sobre o mundo, a filosofia, a existência humana, a tecnologia. Uma antevisão da inteligência artificial, de que tanto se fala agora e da qual tenho muitas dúvidas.

A gravação: esta é a capa dela


Nada do que é "espacial" me encantou mais do que este filme, estas músicas, este deambular pela essência da Humanidade.

E acrescentando, não sei por que ligações das ideias, o pavão (albino) entre o acordar da terra, que me pareceu uma nave espacial: Jardins Bagatelle, em Março de 2001