domingo, agosto 26, 2018

Grades

Dei com esta pasta de "grades" em escolhas dentro de escolhas, círculos dentro de círculos. A que "grades" me referia eu, em 2010? Deverei já ter publicado algumas, algures. Mas onde? Não sei, e certamente escolhi estas Grades, da minha velha máquina HP, com o mesmo sentido com que as junto e publico agora. São anos, se-gredos, de-gredos, de-grades, como as fui sentindo (e sinto), 2008/09/10.


As "grades" que me abriram portas no pensamento, palácio árabe, escavações romanas
uma quinta perdida no sul de Espanha

As "grades" das ruas antigas atrás de ruas novas,  de Lisboa
"Grades" velhas e abandonadas, num lugar perto de Mafra, onde procurei poiso e repouso
O nevoeiro da Ponte, entre "grades"

As "grades" de um passeio a pé

e as das casas, preciosas nas suas formas de renda


"grades" de brincar e espreitar, com a piada dos óculos à janela
as "grades" que nos impõem os grandes grupos económicos e bancos, por esse mundo além


A beleza das "grades" enferrujadas e esquecidas



A "grade" que se escolhe e pode ser um refúgio temporário


A sumptuosidade dos palácios

o debruçar sobre as "grades" milenares onde um rio corre há séculos,
tudo são recordações de andarilhar, nem muito longe, apenas notando que ultrapasso as "grades" quando passeio e olho e penso: fora das grades de  alumínio e vidro das minhas janelas habituais.
Visto que aqui abro a "grade" da memória.

sexta-feira, agosto 10, 2018

Os lugares, os fogos

Quando os jovens rapazes conheceram o Algarve nos anos 60, era a "tropa" que os mudava para lugares o mais longe possível das famílias. Aqui em casa fala-se de Évora, de Tavira desses tempos, como se de outro mundo se tratasse. O Algarve - ir para, em férias - foi para nós, do Norte, uma conquista enorme. Temos algumas recordações, de raros passeios com amigos que na altura tinham carro e posses, de caminhos em terra, de alguns horizontes sem prédios ou aldeamentos. Anos 70. Depois disso, só em 1982, como família e porque havia uma criança e praia garantida: quinze dias eram uma revolução, a viagem uma jornada épica.
Porque lembrei Monchique.
O sorriso do pastor, 1995


Passagem pela Vila de Monchique, 2012

Subida à serra

entre nevoeiros como vagas mágoas à solta, nas curvas do caminho, logo sol a seguir



No alto da Fóia





O último grande fogo na zona toda foi no Verão de 2003. Todas estas fotos são sequência, da serra em 2012. Um eucalipto, para ser vendido e rentável, demora 10 anos a crescer; um pinheiro, 30/35 anos. As conclusões são fáceis de tirar: "dinheiro vivo e fácil".
Os ministros, e só contando a partir de 2000... esses são uma porra(da) deles, cor partidária de acordo com a governação que conhecemos: eram nomes à solta, da Agricultura, do Ambiente, do Mar, das Pescas, do Ordenamento do Território.
 
A Terra, a serra, as habitações, mais uma vez ficaram em cinzas.