segunda-feira, novembro 13, 2006

Ao acaso




Sem nada, não semeadas.
Unicamente atentas ao nascer e ao desaparecer do sol ou da água.
Passei por elas muitas vezes e nem as vi. Se não fosse uma hora introspectiva (o que faço mais e tanto, sem resultado) e uma procura de côr, além do mar.
Então acenaram "até à volta" e parti, na viagem à cidade de muitos ruídos.
Para trás ficaram flores e algas dum desassossegado estar. Nunca só, sem as memórias, voltando e tornando, ondas sobre areia da minha baixa-mar.
Um pedaço de chão, uma poça nas rochas, esperando que volte numa maré qualquer.

16 comentários:

Teresa David disse...

Belo texto tanto na forma como no contéudo.
Bjs e boa semana
TD

Teresa Durães disse...

mais belas são assim, não semeadas, não colhidas

de volta ao ruído é sempre mau

espero que regresses ao mar depressa

um beijo!

Fragmentos Betty Martins disse...
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Fragmentos Betty Martins disse...

Os acasos da natureza - tão magnificamente belos.

Lindo o teu texto

Beijinhos com carinho
BoaSemana

Teresa Durães disse...

deixei-te uma prenda no Voando :)

beijo

Era uma vez um Girassol disse...

Passamos muitas vezes pelas pessoas e não as vemos, como pelas flores, não semeadas, não colhidas...
Gostei muito.
Beijinhos

Alberto Oliveira disse...

... o acaso tem destes casos; de excepção e na maioria, paisagísticamente bem atractivos.

Mas que a vida não se deve deixar à roleta do acaso, também não é menos verdade.

Tem um óptimo dia!

Menina Marota disse...

... as coisas simples da Vida... porque são as mais simples, são as menos notadas por muitos... mas são as mais belas!
A natureza no seu real...

Costumo comparar com a beleza do envelhecer... não há nada de mais belo do que olhar o rosto de um ser humano que sabe envelhecer, com alegria, com simplicidade... porque a natureza é assim... BELA!

Adorei estar aqui. Voltarei de certeza.

Um abraço.

De tudo e de nada disse...

Olá. Só agora reparei que também és "azul". Daí o teu comentário. Chamaria a esta postagem: as flores do acaso. Pois, é bom sentir o seu sabor nos olhos antes do retorno à cidade. Quantas vezes os olhos são os últimos a ver:) Abraço.

Antonio stein disse...

Um Mundo de coisas simples, feito para outro Mundo complicado e demasiado distraído!

Horas há...

Gostei muito.
Um Abraço

Aprendiz de Viajante disse...

... um post muito bonito! Vejo que sabes encontrar beleza nas coisas simples...

Falaste do Nordeste no meu blog, não sei se sabes, mas sou mesmo de lá. Realmente choveu muito e fez lguns estragos. Bonita a tua preocupação.

Um bjinho

Bela disse...

É nas coisas simples que se encontra a beleza, muitas das vezes...
Deixo-lhe um beijinho

P.S: Tenho de lhe devolver os livros( já desde o verão...)

Anónimo disse...

A mãe natureza tem destas coisas...lindas

bettips disse...

Despertando: gostei do teu mar e da tua Filosofia. Obg por apareceres nesta praia. (li mas não comentei lá porque o "sapo" faz muitas perguntas!!) Abç

armandina maia disse...

Se conseguíssemos abstrair da tentação do ruído permanente que nos circunda e seduz, e deixássemos respirar o silêncio, como dizem os napolitanos (e não só), talves encontrássemos uma forma simples, uma equação de números inteiros, que nos unisse com a terra a que pertencessemos, nas flores, nas aves, no mar, ou tão só, no ar que dela respiramos.
amandina

greentea disse...

ha sitios assim , como ha certas pessoas - passamos por elas e so mais tarde amos conta
e elas ficam aguardando misteriosamente o nosso regresso
qual onda domar