sexta-feira, outubro 19, 2007

Alinhamento II









Ficam ainda as gaivotas, essas desalinhadas, que espreitam o azul com asas inquietas.

Os caminhos, aparentemente fáceis, dos abismos.
As veias da rocha.
O ninho inatingível.
O perfil solitário do farol.
Os livros naturalmente talhados e empilhados ao acaso.

Um vento que não cabe aqui e ondulava águas. Assustava a norte e acariciava a sul.
Perfeito o ar quando chegamos a um cabo e deixamos a terra habitada para trás.

27 comentários:

Maria disse...

O cabo sardão.....
Um dia, há muito tempo, dez tontos (eu incluída) resolvemos passar um fim de semana comprido em Milfontes. Dois dos passeios que jamais esquecerei: cabo sardão e moinho da asneira....
Acho que os vou desafiar outra vez, um dia destes....

Obrigada pela memória que me trouxeste.

Beijinho

Pitanga Doce disse...

Alinhamento III. Alinhas na minha festa ou não? hehe

despertando disse...

Eu alinhava,num passeio por aí, cesto de pic-nic numa mão e máquina em riste.
É um prazer ver por onde andas.
Obrigada pela partilha.
Já tinha saudades de passear contigo. ;)
Beijo.

M. disse...

Sabe bem ver esta limpidez onde sinto a frescura do ar.

Isabel disse...

E eu que te falei tanto de gaivotas hoje sem te ter vindo ler ainda.

Andariam cruzados nossos pensamentos?
Nossas almas?
Nossos seres desalinhados alinhados um com o outro.

Ai B, as gaivotas do meu/nosso coração e as suas asas inquietas!

mafalda disse...

... e felizmente o desalinhamento continua. Excelentes fotografias. Muito bonito o texto.
Beijos.

rui disse...

Olá Bettips

Adoro imagens assim!
Sou suspeito, pois vivo rodeado de mar.
A sensação de prazer que dá só de observar o mar!
Quando posso coloco-me sempre lá no alto das falésias, com o vento a bater-me no rosto e, ouvindo o rumor das ondas, fico para ali uma eternidade.

Abraço

jlf disse...

As fotos, soberbas, como sempre.
Mas o texto, desta vez, está demais!
Que maravilha: são "as gaivotas, essas desalinhadas, que espreitam o azul com asas inquietas". E são "as veias da rocha". Ele é "o perfil solitário do farol"... Ou então é o "vento que não cabe aqui e ondulava águas, assustava a norte e acariciava a sul".

Mais. Manda mais.
Gosto.

paper-life disse...

Era já saudade ler-te. Andei por aí a ver gaivotas sem as saber narrar. Estavam-me as mãos tolhidas por imaginárias cordas.

Obrigada pela beleza do que escreves. Bjs :)

Também estou no http://naorios.blogspot.com

Isamar disse...

Imaginei logo que devia ser o Cabo Sardão. Andaste pelo Alentejo!

Fotografias fantásticas da minha paixão de azul.

Beijinhos

Kalinka disse...

BELO ALINHAMENTO, BETTIPS.

AMIGA, muito obrigado pelas tuas simpáticas palavras:O BLOG é um TEU lugar! O que as letras te sugerem é o TEU pensamento.

E que tal, espreitares a letra G...

Bom fim de semana.
Beijitos.

Rodrigo Fernandes (ex Rodrigo Rodrigues) disse...

a visão do mar (o abismo) é, para mim, a reminiscência de uma paisagem originária.
pisado o cabo, a rocha nua, fica para trás a terra habitada (vestida) pelos homens.
aqui, habitado é o ar, pelos ventos, pelas gaivotas, pelos ninhos, pelo farol, que a fotografia ilustra à saciedade.
as imagens colhidas e expostas emprestam-lhe e plasmam na memória o intenso azul marinho.
é outro ar que se respira leve.
a minha saudade é a de não ter mar.

segurademim disse...

... o cabo espichel é o que me fica mais perto.
sempre que posso vou lá mesmo

e à distância na praia, no mesmo mar, contemplo-o em silêncio e não raras vezes, fecho os olhos e deixo-me ficar por ali, como as gaivotas, a planar

mac disse...

Andei por aqui há algum tempo atrás...gostei do silêncio que por aqui pára, e gostei daquela espécie de mosteiro, ali isolado.

Tozé Franco disse...

O mar, sempre o mar...
Belíssimas fotos.
Bom domingo.

addiragram disse...

O desalinhamento como exercício de sobrevivência ao que não "JOGA" connosco.O teu Cabo Sardão tem "desalinhamentos" idênticos aos do Cabo da Roca. Bonito de ver e de pensar...Um beijinho pela tua nocturna visita...

Manuel Veiga disse...

belas as asas da gaivota. perdida no abismo do vento. que não cabe aqui.

Anónimo disse...

7 Dias

7 Imagens

7 Palavras

7 Emoções

7 Sentires

7 Paixões

7 Contradições

Espero-te em metamorfoses 7

Um beijo de sentir em 7

Teresa David disse...

Mar e rochas, 2 elementos da natureza que tanto aprecio e me sensibilizam. Ainda por cima quando ilustrados com tão belas palavras.
Bjs amigos
TD

D. Maria e o Coelhinho disse...

SAUDADES DO COELHINHO..

O MEU LUTO É RECENTE E TENTO ESPANTAR A DOR CANTANDO, CANTANDO MUITO , UMAS ÁRIAS DA "OPERA PROIBIDA" (da Cecilia Bartoli).
ÁRIAS TRISTES COMO A MINHA ALMA QUE CHORA A AUSÊNCIA , O MEU ACTO DESESPERADO, O TÊ-LO MORTO,

OH INSÂNE!

OH QUEM ME DERA SER LADY MACBETH E LAVAR, LAVAR, SEMPRE AS MÃOS , SEMPRE, SEMPRE .

Madalena disse...

esquci de dizer: o vento coube aqui.

(quanto à cigana severa , já não é cigana e severidade só tem a que lhe impôem algumas circuntãncias incontornáveis, nunca por vocação) Bjs e boa semana

:)

Lapa disse...

قمة عالمية البرتغا الكاتب cristovao دي اغيار.

وهو ، أيضا ، وترجمت الى اللغة البرتغاليه ثروه الامم من آدم سميث.

وقد منح العديد من الجوائز.

لا تنسوا اسم هذا الكاتب العظيم ، يمكنك الاستماع اليه قريبا.

اشكركم على انفاق الوقت في الثقافة العالمية.

شكرا للزيارة

Alberto Oliveira disse...

... estes alinhamentos fazem as delícias do olhar de quem vive(?!) os malefícios dos grandes centros urbanos e sugerem o respirar a plenos pulmões de outras atmosferas muito menos poluidas. Thanks por este meio-ambiente higienizado.

abraço.

Pitanga Doce disse...

Alinhamento II. E eu que este fim de semana andei voando torto? hehehe

obrigada por ires lá.

Conceição Bernardino disse...

AFLIÇÃO E CONSTRANGIMENTO

Eu já relatei aqui, minhas dificuldades no ano de 1998, para encontrar um advogado que aceitasse provar na Justiça, que o acidente ocorrido com Flávia, tinha sido causado pelo mau funcionamento do ralo da piscina onde ela nadava no momento do acidente. Já contei também que após muito perambular com um calhamaço de documentos em baixo do braço, acabei por encontrar Dr.José Rubens Machado de Campos, advogado que assumiu o caso e que felizmente se mantém connosco até hoje, e que tem demonstrado ao longo desses anos, muita competência e combatividade. Infelizmente, dependemos dos juízes que até hoje têm ignorado todas as provas pos nós apresentadas sobre o ralo super dimensionado para aquela piscina, e sua demasiada força de sucção.

Antes de decidir processar o condomínio Jardim da Juriti, em Moema – São Paulo, onde eu morava com meus filhos, tentei de todas as formas junto ao síndico, receber o seguro de responsabilidade existente no prédio, da seguradora AGF Brasil Seguros. O síndico respondia que não poderia me ajudar nesse sentido, pois reivindicar o seguro seria o mesmo que admitir a culpa do condomínio, coisa que ele não faria, me dizia. Passei então a escrever directamente para a AGF, descrevendo o acidente ocorrido com Flávia na piscina do prédio e solicitando o pagamento do seguro, na época, no valor de R$ 100 mil reais. Não tive sucesso e a AGF foi incluída no rol dos réus a quem processei, junto com o condomínio Jardim da Juriti e a Jacuzzi do Brasil, fabricante e vendedora do ralo.

A seguradora AGF, na sua contestação escreveu:

“......A comunicação do sinistro pelo condomínio segurado, apenas relatou o acidente, não admitindo para si, qualquer responsabilidade quanto à ocorrência do mesmo. Assim , não poderia e não pode a ora contestante liberar o valor da importância segurada sem que esteja comprovada a responsabilidade do condomínio pelo evento. A seguradora não tem qualquer responsabilidade directa com as autoras....”

Nosso advogado trabalhou, e o juiz entendeu, que se um condómino sofre um acidente dentro do condomínio, ele tem sim o direito a receber o seguro ali existente. A AGF adiou o quanto pode o pagamento desse seguro de responsabilidade civil existente no condomínio. Graças ao trabalho de Dr.José Rubens e o discernimento de um Juiz, o valor foi pago, - um ano e onze meses após o acidente, sob ordem judicial e ameaça de cobrança de multa diária, caso o valor não fosse depositado em nome de Flávia na data estipulada. No entanto, mesmo tendo sido pago quase dois anos depois do acidente, a AGF não pagou nem juros nem correcção monetária. O tempo em que fiquei pelejando para receber o seguro da AGF agravou minha aflição e me causou muito constrangimento, pois precisei depender de favores de terceiros para garantir a sobrevivência de Flávia, enquanto possuía legítimo direito de receber a indemnização do seguro.
Posted by Odele Souza at 12:38 PM
http://www.flaviavivendoemcoma.blogspot.com/

(O caso Cláudia, não está perdido. Mandem Mails a esta gente e não só:

geral@embaixadadobrasil.pt

Mas não digas palavras doces. Carrega um bocadinho no português "marracónico": envergonha-os, que é o que eu faço.
Pede a outros blogues que façam o mesmo.)

nnannarella disse...

Tudo começou com uma zanga. Bati c'o a porta na Zambujeira e fui sem destino. Não era altura de praias, haja deusas! Mas por isso fiquei com o carro preso na lama de uma linha parecida com estrada d'areia solta. Terá sido castigo de pecado ?... ah ah Ri-me muito. Que pecados assim hei-de fazer muitos e os caminhos deles são impresvisíveis. Como poderia eu resistir a uma tabuleta que dizia "cabo" ?...

C Valente disse...

Imagens que nºão nos cansamos de ver
saudações amigas