A influência dos romanos neste povoado de provável origem celta, a partir do sec. II A.C. tornou-o num centro urbano importante e ditou a sua expansão, adivinhada pela imponência das ruínas já exploradas e postas a descoberto.
O Forum e as Termas, a larga calçada romana de grandes lajes, os frescos pintados de algumas casas, as vias de acesso e até um sistema de esgotos e canalizações de água, os sinais dos templos dedicados aos deuses (Vénus e Esculápio), as casas que se reconhecem serem de comerciantes e habitantes, vestígios de sepulturas ...tudo isto se encontra ao alcance dos nossos pés e olhos, numa admirável paisagem citadina onde passeamos com vagar e admiração.
Ciprestes, oliveiras e sobreiros, os socalcos verdes acompanham-nos pelas ruas de silêncio.
Saímos para um sol brilhante, agradecidos aos arqueólogos, patronos, curiosos e amigos da Cultura - essa senhora humilde e sem idade que é, ainda e no meu entender, o vínculo humano mais abrangente e sincero entre gerações e povos.
Qualquer enciclopédia ou publicação dirá muito mais: estes são os pequenos apontamentos que estruturam a minha memória dos sítios, retirados do que vi e da leitura do Roteiro de Arqueologia Portuguesa, "Miróbriga - Ruínas Romanas", de Maria Filomena Barata, Maio 2001.
7 comentários:
belo o teu olhar como os segredos que te vou oferecer no meu luar.
pré-celta ou lusitanos?
Comovente o afecto que pões nos teus apontamentos.
teresa,
apenas homens da Idade do Ferro ...mas do Ferro Continental
Gosto muito deste "provérbio": visitar o passado, para compreender o futuro.
Beijo :))
Tu sabes como eu gostava de conhecer todos estes lugares, todas estas pedras...
Um dia, quem sabe, já levo uma espécie de pista, e as tuas imagens são mais que simples imagens.
Tu sabes.
Beijinhos
Claro que é essa "senhora" despretenciosa e intemporal que nos une a todos, múltiplas gerações e povos mais diversos.
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