Faltavam-me aspectos do rio que fui inventando.
Apontamentos por aqui, nas paredes de mim, minha casa, meu lar rarefeito e torre do meu tombo.
Como se estivesse em estágio de todas as artes, a brincar às pinturas. Pelo prazer e tão só.
Mas sim, são aspectos do rio que conheço melhor.
Até o chegar-lhe com a mão, denso e barrento, nas cheias de má memória.
terça-feira, setembro 09, 2008
Rios meus
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Pintar
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14 comentários:
Só me faltava saber que também respiras essa arte pelos poros da tua sensibilidade!...
«Como se estivesse em estágio de todas as artes, a brincar às pinturas. Pelo prazer e tão só.»
Podendo assim ser (‘pelo prazer e tão só’) melhor: mais garantidamente genuína ela é!
Que magnífica essa convergência: pena, objectiva e pincel falando uma linguagem superior!
Força. Continua.
Abraço
jl
Foi hoje a minha rentrée!
Beijinhos.
Não te conhecia essa veia artística!! Esses rios que saíram dos teus dedos e da tua sensibilidade são verdadeiramente teus!
Olá
Gostei muito de navegar pelo teu rio.
Nota-se o amor que lhe tens...
Parabéns
Que lindo ver-te aqui saída das tuas margens, inventando rios...
Beijinho
Gostei muito de ver estes teus rios e as palavras com que neles navegas.
passando para te conhecer, lindo teu blog. Lindo tudo aqui.
Maurizio
Dos rios da tua alma aos poemas escritos em palavras ou em cores.
Sim, é na Alta de Lisboa, onde se destruiram preciosidades.
:) esse quadro do "beijo" uiui
daqui vai um pouco de luar sobre o rio que é o "teu"
Querida Bettips,
Nestes teus rios me encontrei de repente com os meus rios, com as minhas pedras, com as minhas flores. de há um ano e meio (quem diria!).
E foi emocionante o reencontro e a saudade.Obrigada pela viagem!
Mil beijos
Que bem que pintas. E numa escala cromática tão extensa!
Todos os rios são inventados: ou porque não os há, e o homem cria-os (esquece que sou hidráulica), ou porque, havendo-os, só existem quando neles pomos os olhos. Não me refiro à impressão que deixam nos píxeis dos cones e bastonetes dos nossos olhos ou da câmara digital.
Falo, por exemplos, dos olhos que tens nas pontas dos dedos com que esfregas a tela. E nela os rios brotam.
Nas pontas das mãos, onde residem todos os saberes e todos os prazeres...
Tu pintas o teu rio?
Como és feliz em poderes concretizar isso. Lindos quadros.
Eu guardo-o só no fundo de mim, o meu rio.
Um abraço
Que bom poder vê-los! Aqui só se vêem as memórias boas, as cores lindas.
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