terça-feira, maio 12, 2009

Que sei eu?












Do alvoroço das gaivotas?
E das estátuas, para sempre de olhos espantados?
É no lugar de grande banco - negócios imensos - grandes mentiras.

E as casas de janelas abertas pelo podre que as invade?
Que sei eu de casas a cair e casas-fortes que se desenvolvem em paredes de vidro?
Que sei eu de dinheiro, taxas de juro, heranças, desavenças que esboroam as pedras e abandonam as paredes?

Nada sei que não me seja familiar.
À impunidade em que tanta gente (absurda) é deixada viver.

18 comentários:

Maria disse...

E se as paredes esventradas mostrassem a vida que houve lá dentro?
E se as estátuas gritassem?
E se as pedras falassem...

"Nada sei que não me seja familiar."
É, minha querida Bettips. Como falas. Porque as tuas palavras têm som...

Beijos

A Lusitânia disse...

se as pedras contassem nem o teu grito as calaria.

que sabes tu? tanto ...

Conversa Inútil de Roderick disse...

Hás-de saber. Hás-de saber.

Rosa dos Ventos disse...

E que tão graves e trágicas consequências arrastam atrás de si...

Abraço

Manuel Veiga disse...

mágoa, mágoa!... mágoa e ruinas!

"nada sei que me seja familiar..."

beijo

Luisa disse...

É o mistério das conveniências, dos negócios, do egoismo, da ignorância. Ainda bem que nada sei sobre isto...

Teresa Durães disse...

não terá sido sempre assim ao longo dos séculos? Recordando a história da antiga Roma...

Era uma vez um Girassol disse...

Que sabes, Bettips?
Tanto, tanto...que nem eu sei quanto!
Sabes de imagens e de prosas que nos emocionam, acarinham, impressiona.
Afinal...sabes tanto!
E neste mês de Maio, para nós especial, as energias deveriam estar ao rubro, a beleza ofuscar-nos o olhar, os cheiros serem inebriantes...
Porque não são para mim?
Com 2ª recaída desta gripe malvada que não se afasta muito e me beixa bloqueada, cansada.
Ai, girassol, girassol que deixaste de brilhar...
Muitos beijinhos para a minha gémea.

Justine disse...

Revoltante sempre...mas o mar e a beleza vão-nos conciliando com a vida. Dando-nos alento!

Madalena disse...

Que sabes tu?

Sabes o que escreveste e mais o que não precisaste escrever e nós sabemos também.
A somar - a qualidade com que o dizes.

Beijo grande do fundo de um saber que perdeu a expressão.

jl disse...

Do variegado "filme" da rota da Foz "à impunidade em que tanta gente (absurda) é deixada viver"...

Ah! E há ainda o alvoroço das gaivotas, como há as "estátuas, para sempre de olhos espantados"...

Gosto dos zooms da tua objectiva e do teu verbo.

Unknown disse...

obrigada pelas fotos.

qto ao texto, que direi eu?

gostei-

beijo

tulipa disse...

Belo, como sempre nos habituaste.

Que sabes tu?

Tu...sabes e muito.

Beijo muito terno.

Alberto Oliveira disse...

... é, infelizmente, um "circuito turístico" para os xicos-espertos e a sensação(?!) de que o crime compensa.

Será esta uma nova filosofia de vida que está a florescer ou estou a precisar de óculos?

Mas óculos já uso. Ná, estamos a ficar sugestionáveis é o que é, e pensamos ver coisas que não acontecem. A realidade é o portátil Magalhães e quem sabe, amanhã, o telemóvel Gama ou o gêpeésse Bartolomeu. Tudinho saido das linhas de montagem do Rato...

Beijinhos e os sorrisos do costume.

mdsol disse...

Sabes do saber que o sentir conclama. E sabes tão bem que parece que te estou a ouvir. Eu que nunca te vi.
beijinhos
:))

Filoxera disse...

Adorei as fotos. Mas a última frase está soberba.
Beijos.

Arábica disse...

Infelizmente, Bettips.


Nada falam que não nos seja familiar.


E nem o mar o cala.


Abraço.

Alien8 disse...

Bettips,

Sabes o suficiente. Ou mais. Daí a conclusão. E as fotos também são muito boas :)

Beijos.