terça-feira, janeiro 26, 2010

Raças Humanas 1





Não se traça
não se trata
do que eu penso da raça.
Muito menos das raças.
***
Deixo este apontamento como sequência - minha - do post anterior.
A Agência Portuguesa de Revistas existiu de 1948 a 1987.
Qualquer enciclopédia ou estudioso destas matérias terá a lista e a história das publicações.
Do que era barato, comum e acessível nos tempos de criança, em que UM LIVRO era um luxo a que a maior parte não tinha acesso. Eu lembro-me perfeitamente do primeiro livro que me deram e teria uns 3 ou 4 anos.
Muito longe se está mas há caminho que se percorreu!
Os papéis coleccionáveis que embrulhavam rebuçados (outro luxo) "Vitória" - a minha avó trabalhou, em nova, nessa fábrica de rebuçados - nos anos 30/40?, tinham passado de moda e apareceram as "cadernetas" e os saquinhos de cromos (anos 50?).
A caderneta das "Raças Humanas" custava Três Escudos, apareceu em Julho de 1956.
Esta que aqui se mostra foi comprada num alfarrabista - as minhas coisas nunca foram guardadas -, precisamente tentando reviver a memória e encanto primitivo dos primeiros conhecimentos.
Qualquer outra conotação é descabida!

9 comentários:

Maria disse...

Já reparaste que a mulher do algarve é a mesma que a cantadeira de fados?
Hehehehe
Eu não me lembro qual foi o primeiro livro que tive. Mas lembro-me muito bem da 'impressão' que me fazia a terceira foto da capa da caderneta...

Beijinho

Meg disse...

Bettips,

Ao contrário da Maria, ah... como me lembro da Condessa de Ségur!!!
E dos rebuçados e das pratas dos chocolates, das barrinhas atadas com fitinhas!
Mas isso foi há quanto tempo?
A APR... foi outra história. Recém chegada a LM, o marido algures na "guerra", eu ainda sem 20 anos feitos, passava os dias na delegação da APR, onde lia tudo o que havia para ler, bom e mau, desde que fossem letras eu lia.
E digo isto porque nunca fui capaz de ler "fotonovelas".
Lembras-te?

E agora ia um rosário de memórias...

Isto tudo a propósito das "tuas" raças de que me lembro tão bem.

Beijo grande

Licínia Quitério disse...

Pois, as raças... Lembro-me bem, mas não me foi dado coleccioná-las. Também não lamento, porque não tenho mesmo o bichinho de coleccionadora. Sou, quando muito, ajuntadora de algumas curiosidades. É de pensar que, naquela época,nós podíamos acreditar que havia por esse mundo gente muito diferente de nós e, diga-se, muito feiinha e mal vestida. Quantos africanos nós víamos? Quantos chineses? Talvez só o preto da Casa Africana e o chinês que vendia glavatas. Tudo mudou, neste mundo hoje quase aberto. Para o bem e para o mal, conhecemo-nos nas diferenças e nas semelhanças. Uma caderneta assim não faria sentido para as nossas crianças e ainda bem. Para nós, os que vimos de longe, tem um sabor nostálgico de revisitação da infância.
Foi bom que tivesses feito estes posts.

Beijinho, Betty.

Manuel Veiga disse...

lembro-me muito bem. mas não colecionei.

por essa altura dominavam as artistas de cinema na minha puberdade!

(sempre uma pedagogia discreta e lúcida por aqui...)

beijo

th disse...

Deixei na Sebenta um comentário para si:
th disse...
Olá!
as suas palavras foram um estimado incentivo, que calaram profundamente em mim.
Prometo não deixar de escrever, e vou dedicar-lhe o próximo post, um miminho para quem foi tão gentilmente simpático.
Um beijo, theo

1:24 PM


Como curiosidade, e podem ver AQUI um post sobre os rebuçados Vitória, alguns ilustrados pelo meu marido, Carlos Biel.

Um beijo, theo

th disse...

Tenho estado a fazer um passeio pelo teu blog e creio que já nos cruzamos, no "Dias com Árvores", por causa do Jacarandá que existe ao pé da minha casa...será?
És M.D.L.R.?

Justine disse...

Também tive uma, Bettips!E que prazer me davam, essas colecções!!
Vamos à troca dos repetidos????
(tens razão,qualquer outra conotação é descabida neste momento...)

jrd disse...

Uma ternura este revivalismo. Gostei muito e recordei com alguma nostalgia.
Um abraço

Rui Fernandes disse...

Ai as raças! ... isso era no tempo em que ainda havia raças. E em que havia raça. Agora, os cromos não valem nem um pastel de nata! ... de nada!