quinta-feira, março 03, 2011

As flores do meu (des)contentamento



Ofereci uma japoneira - cameleira -, esta, há muitos anos.
Julgo que as camélias podem crescer selvagens em lugares onde ninguém vai,
como pessoas,
mas alguma vez plantadas e olhadas com amor -
com desvelo de as ver crescer.

Tenho saudades dos tons.
Dos sons.
E olho esta árvore sobressaltada com a sua solidão.

2 comentários:

Lizzie disse...

Desde que ninguém as mate, as árvores estão condenadas à solidão, a quem por elas passa, sabendo elas, como tudo o que muito vive, que se trata apenas de uma passagem.

Sempre me pareceu que as árvores têm olhos ternurentos na sua pele e, não podendo soltar-se do sitío onde nasceram, talvez imaginem que voam, que galgam viagens.

Tens o dom de me acordar memória de histórias. Agora lembrei-me de outra lenda índia.
Se tiver um pedacinho de tempo para dormir a siesta:), amanhã conto.


Beijinhos

M. disse...

A beleza do branco.