quarta-feira, maio 04, 2011

Da confusão dos tempos







Vamos ter de aprender a respirar sem guelras.

Em breve passará Maio e as estações correm fora do comboio.
Parece nem haver mais paisagem fora da linha que (nos)traçaram.
Parece que nem se sabe o que se há-de pensar: será que querem (quem?) que a gente não saiba pensar - nem em quê. Será.
Truques: devo dizer que já vi este filme; em longa ou curta metragem, em episódios, em reposição. Os extras, os duplos, a darem cambalhotas pelos actores principais.

Depois destas dias de bocas - digo mesmo: lábios enrugados e oblíquos - e presunções pervertidas
ameaças suposições mentiras e descalabros de linguagem
e caras (re)vertidas
dei por mim a encontrar Bordalo, a mordacidade;
e achei-o escandalosamente actual.

5 comentários:

Manuel Veiga disse...

também eu lhes ofereço um grandaaaaaa Bordalo - de loiça. e das CALDAS!...

(desculpa a acidez)

beijo

jrd disse...

Diria antes, nós é voltámos ao tempo do Bordalo.
abraço

mfc disse...

Ahhh grande Bordalo!!!
Criticou um país que afinal não mudou nadinha!!

Lizzie disse...

"Escandalosamente actual" desde a fundação.

Uma questão de geometria fractal: o pequeno reflecte o maior e vice-versa.

Com um tumor chamado propaganda alimentado pela necessidade geral (excluo as excepções, claro)de ter um Pai (as mães que fiquem em casa que a limpeza dos tachos ainda é tarefa abençoada) dirigente e orientador. Venha ele donde vier.Pode ter os seus defeitos mas... é o Pai! O chefe de família que tanto bate como faz festas na cabeça...

Para extrair o tumor só com o bisturí da Educação e da Justiça.
Tal operação é perigosa: pode ter efeitos secundários: a infecção que mata o Pai.

E o Pai(pais) têm que ter tudo desinfectado.
E a infantilidade (desculpa-me a brutalidade da expressão) vem por aí abaixo porque em cada grupo se reproduz a estrutura: mais se respeita e serve o temido que o amado. O vaidoso que o generoso. O hábil que o honesto. O canibal que sobe que o vegetariano que desce.

Nos vários sítios por onde andei nunca ouvi, em entrevistas, similares ou chamadas telefónicas o tratamento por Dr. ou Engº.
Uma vénia implícita no tratamento.

Também nunca vi (a não ser na Espanha Gonzaleira e Sapateira)os cargos de serviço público servirem os berços da "confiança política".
Aqui onde estou agora, dizem-me e mostram-me factos, que todos têm culpas. E os meus passado e presente que o digam...

Mas enfim Os Factos Nus também são cirurgia para amputar a propaganda. As propagandas.

E por aqui me fico que já vai demasiado longo.

beijinhos

Justine disse...

A História repete-se, a Corja é a mesma!!!