terça-feira, junho 14, 2011

Lisboa em Maio








Porque não falei eu este ano, simplesmente, das árvores de Lisboa?

Demorei meses a voltar.
E a árvore mais linda que vi, fez-me ficar com as pernas a tremer - e não podia contar, desfiar razões.
Era Maio há muitos anos, atrás e atrás. Na velhice e olhares, na avenida que cruzava com as pernas nuas e um vestido de malmequeres; e tantos botões pequeninos, forrados, presilhas, sabrinas. Soltos que eram os mesmos cabelos e palavras vivas.

E, depois e agora, no lugar de morte do amigo. Onde estava/estiveram jacarandás de Lisboa.

Era Maio. Sempre foi como tudo: um mês repetido, de clarões e sombras.

5 comentários:

Maria disse...

Poderia ser Setembro. Ou Outubro. E Lisboa continuaria com os jacarandás em Maio...

Beijo.

Mar Arável disse...

Muito belo

sempre bela

Lisboa e as suas palavras

Paulo disse...

Finalmente os jacarandás prometidos.
Lindos.
(Mas as memórias...)

M. disse...

Linda esta tua (nossa) Lisboa de sombras e luz.

Anónimo disse...

... e a saia travada e a blusa resplandescente, como o riso destravado...