Das ingenuidades.
Para assim estar ou ter estado,
precisava das sabrinas,
sem moda nenhuma. Porque bailavam no chão.
Dos meus sapatos velhos de corda e tecido.
Fitas em tornozelos finos.
Estáveis e jovens.
(esta, também, mania de portas, batentes, fechaduras, velhos, mudos - recorrentes.
ah... já sei, lembrei-me: tínhamos um vago batente verde na porta da rua.
O homem da casa que reinava entre as mulheres, nunca batia com ele; batia com a mão aberta ou o fechado punho grosso; um sobressalto. Pelo som, breve, forte ou abafado sabíamos, as três parcas, da disposição esperada)
Estender dedos de árvore pelo solo e pelo ar
- não ver nem ouvir os bichos e fantasmas que nos inventam
Resistir coluna-alma-de-abóbada-maior
mesmo roída pelo tempo
Andar de poiso em poiso como um pássaro procura um vago equilíbrio
no vento
na ondulação
domingo, julho 24, 2011
Sapatos antigos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
11 comentários:
E assim vamos desfiando os dias, hora a hora, viajando pelas memórias e procurando um ancoradouro firme...
Quem dera que o encontres!
Beijo:)))
Ah, o tempo das sabrinas. De saias rodadas e em danças em corropio.
Dos tempos ficam sempre as memórias. Como das pedras de que tanto gostamos e das portas e janelas velhas.
Beijo
:)
Ái o Tempo... sempre esse malvado!
mas não nos há-de tirar a jovialidade... isso ele não vai conseguir!
Beijinhos para ti.
Da frescura de um post de memórias e de sabedoria.
Também eu usei sabrinas...e ainda uso! :-))
Belas fotos e legendas muito sentidas!
Abraço
Memórias e amanhãs
tens o condão de (trans)figurar coisas banais - sapatos velhos (e murros na porta) - em poesia!...
beijo
Abrimos janelas sobre as memórias. Um beijo.
Deambulações... com gosto!
Cheguei tarde ao bailado, mas, ainda assim, a tempo de sentir a volúpia do tempo.
Bjs
o tempo afinal volta sempre para trás!
as "sabrinas" aí estão de novo :)
T
Enviar um comentário