quarta-feira, agosto 10, 2011

(ainda) Londres (de agora) no pensamento





Ao ler o comentário da Lizzie que subscrevo sem restrições:
porque a abundância and the lack of values
guerra, as guerras...
E pensando que os milhões de famintos na Somália não se organizam em bandos
e não precisam de telemóveis,
muito menos de roupas de marca para substituir os farrapos que vemos

apenas pão/água/leite ...
e assim por aí fora.
Lembrei um livro sobre o "outro lado" da guerra.
As noções de sobrevivência da sociedade de então: apenas - sobreviver.

(espero não incorrer em nenhuma violação de direitos fundamentais e democráticos etc ... as imagens são do livro mostrado e pretendem representar, por mim, a diferença visível entre "os coitadinhos" de hoje, os das pilhagens).

12 comentários:

mfc disse...

Hoje vou discordar (amavelmente) de ti.
Os "meninos" das pilhagens são apenas agentes laterais à revolta e cólera justa daqueles que perderam a esperança graças à desumanidade de que são alvo.
E os média, controladíssimos, assinalam as pilhagens e não a revolta pacífica de quem perdeu a esperança.

mfc disse...

A propósito do meu comentário convido-te a leres este pequeno e muito bem escrito post... http://bonstemposhein-jrd.blogspot.com/2011/08/quando-os-pubs-permanecem-fechados.html

jorgil disse...

Os que vivem da fartura, até lhes convinha que as populações fossem todas como as da Somália...que já nem força têm para caminhar, quanto mais para se revoltar! Não concordo com pilhagens mas os desfavorecidos deste mundo têm de se ouvir bem alto para que os poderosos abdiquem um pouco do excesso de benesses!

Anónimo disse...

Não discordas, meu caro: penso também isso, exactamente. E mais coisas laterais. Revoltas pacíficas?
Sim, algo se consegue... o 25 de Abril, a liberdade democrática, etc.
Gandhi, o melhorar as condições de vida e a independência da Índia.
O 1º, desvirtuou-se em enredos.
O 2º morreu assassinado
... e não vou mais longe.
Pacífico ma non troppo. Os danos têm de ser mínimos porque há seres humanos envolvidos. E lá vamos nós: a minha liberdade acaba onde a dos outros começa.. e tal e tal.
B.

mfc disse...

... e um grande beijinho para ti!

hfm disse...

Obrigada por este post sobre o que se está a passar nessa cidade que tenho no coração foi ela que me abriu horizontes quando lá estive a estudar. Agora parece querer fechá-los.

Rosa dos Ventos disse...

Outros tempos, outra dignidade!

Abraço

Filoxera disse...

Os meios nem sempre estão na proporção directa da razão...
Beijos.

Licínia Quitério disse...

Não direi "lack of values", mas os novos valores. Mulheres, homens, crianças, jovens, menos jovens, negros, brancos, desempregados e ocupados, pobres e outros dedicaram-se à pilhagem. De quê? Principalmente de LCD's, telemóveis e outros artefactos das chamadas novas tecnologias e roupas "de marcas". Exactamente os "valores" que lhes foram vendidos, inculcados. A lavagem ao cérebro deu efeitos estrondosos. Por outro lado, ninguém lhes vendeu o valor da sabedoria, da dignidade, da fraternidade. Ou és "winner" e tens tudo ou és "looser" e és ninguém. Os jogos de consola ensinam as técnicas de guerrilha urbana na perfeição. O atropelamento, o incêndio, a violência gratuita para "subir de nível" são mostradas até à exaustão. Resultados à vista. O feitiço por vezes vira-se contra o feiticeiro e aí administra-se a repressão, porque faz parte do pacote. Game goes on. Mais do pior aí virá. Redutora esta minha visão. Admito que sim, mas não pretendo fazer teoria. ;)

Licínia Quitério disse...

É óbvio, B.,que "valores" como os que prezamos foram abandonados e o seu lugar preversamente preenchido com estas aberrações. Daí a minha verborreia.

Beijo grande, B.

Anónimo disse...

Yes, Dearest!
B.

Manuel Veiga disse...

será que os "coitadinhos" de hoje deixaram de vergar o cerviz? - uns malandros!...

até parece que leram Guy Debord! ... lol

a tua lucidez e sensibilidade. sempre.

beijo