...convoco a organização, os mercados, a liberdade, os museus, os verdes,
a multiplicidade de raças e credos que aí conviviam, trabalhavam, estudavam,
anos 70, anos 90, início de 2000
por todo o lado.
Custa-me pensar que o neoliberalismo desenfreado, a democracia de fachada,
tenha levado
a que pessoas, ali com acesso a um melhor nível de vida que nas suas terras de origem, não se tivessem integrado ou sido integradas,
e se revoltem e roubem e destruam bens comuns.
Não é romantismo: é desencanto: por não se assegurarem os direitos e liberdades.
Fundamentais.
Londres da minh'alma... tão longe te (me)vais ficando.
quarta-feira, agosto 10, 2011
Com Londres no pensamento
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2011,
Londres vista ao longe
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2 comentários:
E não me venham dizer que o Império está inocente!As pedras arremessadas têm uma assinatura: BARBÁRIE!Shame on you, looters...
Como deves calcular, essa parte que me corre nas veias e na história fica a arder de dor.
Vi o mesmo, ou a sua tentativa, em Boston e Nova Iorque, nos anos oitenta: os pais a trabalharem para lhes darem melhor vida e eles a desprezarem tanto as raízes como quem os acolhia: demasiado superiores a uns, com inferioridade em relação a outros.
Chegavam a bater nos velhos, a roubá-los, as escolas vandalizadas.
As vítimas eram eles,coitadinhos, os carrascos eram todos os outros.
Afinal, a liberdade (e o consequente respeito) é para quem?
Ontem as criancinhas desvalidas atacaram um lar social de terceira idade. Onde está o direito à paz dos velhos?
Dos que trabalham e estão longe de serem milionários?
Quem lhes justifica o terror, o pãnico?
Eles que passaram fome de comer e não de telemóveis e afins durante e depois da 2ª Guerra.
Que receberam todas as raças, credos,orientações sexuais.
Hoje, aqui, apanhei dois jovens a fazer cálculos dos benefícios profissionais para eles se se confirmar que uma colega, também jovem, tem cancro da mama.
(Chamei-lhes, olhos nos olhos,nojentos.)
Outro, com 25 anos, destruiu sem aviso nem justificação (a não ser a licenciatura), o trabalho de anos de um que tem 64.
Pensava eu que a liberdade se erguia a partir de bons valores, sólidos, raspando rente a arrogância.
Pena que, apesar das boas intenções e dos legítimos sonhos, lhe tenham implantado um cancro no seio e que, como antes, acabará por a matar.
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