domingo, janeiro 29, 2012

A Foz fria




Porque me apetece(des)pensar o pensamento.

Se me lembrar que era no "Molhe" onde o banheiro me (a nós, às crianças) apertava o nariz e nos mergulhava de costas nas ondas.
Se me lembrar que "as colónias" eram ali perto e no 2º dia de lá estar, fiquei doente de medo e saudade de casa.
Se me lembrar do mar, da infância esperançosa,
ou me esquecer do dia/noite em que olhei com mágoa,
uma estrela, a Vénus, ao desafio com a barca luminosa da Lua,
mesmo atrás da barreira de prédios,

deixo de pensar no nascimento e na morte
como um rio a nascer e a desaguar
no sempre.

12 comentários:

Maria disse...

O desaguar do rio é, efectivamente, a morte dele. Que renasce já dentro do mar. Entretanto, da nascente à foz, quanto tempo vive um rio?

Beijo.

Teresa Durães disse...

entrar no mundo perpétuo onde as recordações tristes e alegres se misturam numa dança

Justine disse...

Pois é, a infância nem sempre é um lugar de encanto.
Servirão de contraponto às decepções do presente?
Abracinho e saudades

Mar Arável disse...

Uma vez mais

do ventre até à foz

Manuel Veiga disse...

marmoto de alma...

muito belo.

beijo

lino disse...

Belas, imagens e escrita!
Beijinhos

mfc disse...

Olha... as recordações também podem ser bonitas!
Fiquemos apenas com essas... como a daquela foto a ver o mar junto ao miradouro da Foz!

Beijinhos (e um obrigado desde sempre)

vieira calado disse...

O pior é que esse rio...

somos nós!

Saudações poéticas!

jrd disse...

Que importa, se a recordas no calor das memórias.

Abraços

Zé-Viajante disse...

Se me lembrar que "vivi" o Porto, na década de 60 e não conheço a Foz, fico triste.

Valem-me estas imagens.

Zé-Viajante disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
M. disse...

Mas se o teu pensamento corre sempre...