... um prédio de risca amarela,
frente ao mar.
Muros calados e terras abandonadas, e sempre os meus lugares-comuns.
Recorrentes e presentes. Tempo de bagos vermelhos e romãs.
Há muito,
muito tempo,
colhia flores e ervas no pinhal, as selvagens.
Via e estimava os sinais da Natureza.
Conservei o gosto e é um dos prazeres de férias.
Ainda.
11 comentários:
Ainda e sempre!
Belas fotos e palavras!
Abraço
É quando estamos longe que mais setimos a beleza do que tens por perto.
Abraco
Que vivam as romãs
o prazer das romãs. bago a bago...
beijo
Valha-nos,pois,a sabedoria e a competência das romãs.
São capazes de ser assim uma espécie de útero da terra que se transforma em alma viajante pelo tempo.E atenta.
Não comi a que tenho lá na minha casa, coroada com uma mosca.O tal peso promiscuo do mundo.Coitadinha.
Estou a vê-la envelhecer e está a ficar com pele de pedra da cor das casas abandonadas e despidas de hera, na Inglaterra.No norte.
Parecem glóbulos vermelhos suspensos e que se recusam a morrer ou,pior,a abandonar-se na biblioteca não classificada da memória. Ao monte e sem nascimento definido.
Enfim, hoje em dia os abandonos parecem gritos vendados.Ou assim. Muito mais que testemunhos.
Há sempre muita ternura no que se perde. Cultiva-a e viaja.
Beijinhos.
Olha...era para sair só Lizzie e saiu a versão hispano-britãnica:)
Cheguei do Porto onde fui de espanhóis às costas.Queriamos espalhar romãs mas encontrámos as pedras negras de tanta tristeza. Lágrimas graníticas.
Se calhar estavam a pensar naquela frase de um escritor português de que não me lembro o nome: para um homem com fome, um pão vale cem telas de Picasso...enfim...
Beijinhos outra vez.
Lindas fotos, Bettips.As terras abandonadas estão aos poucos, a ser tratadas com carinho. A natureza voltará a ser o que era e poderás, então, colher as flores silvestres de que tanto gostas.
Um abraço.
Que os ecos das férias perdurem nos teus sentidos por muito tempo. Por aqui já está frio, chuva e muitas, muitas folhas mortas...
Sopram ventos de melancolia
Transparente é o cinza que a tua alma encerra
A minha pobreza é a falta de um par de asas
Encontrei um lugar de reinvenção das sombras
Pensei virar as costas ao tempo e ao deslumbramento
E aí houve estranhamente o amanhecer das minhas palavras
E passei para te deixar
Um mágico beijo
Gosto sempre dos teus posts...
:-)
Boa semana.
Beijos.
Muito interessante as suas histórias. E fantásticos comentadores.
Fiquei impressionada, voltarei!
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