("...do resto da tua vida": foi a canção que ouvi há 20 anos - não dei atenção aos sinais. Era Lisboa e um sítio sem sons.)
Às 6 da manhã a claridade esforçava-se por nascer sem sombras e assim, hoje é o primeiro dia de sol pleno deste Inverno excessivo.
Confio em que as águias voem livres lá no sítio onde moram as águias.
Cortaram-se árvores; mas ainda um dedo de planta encontra um caminho, passando por uma minúscula ranhura da janela.
A perseverança da terra, a que desfaz os corpos e enfeita os baldios.
Com umas dúzias de palavras encontra-se um sentido que nos solta do medo e penduram-se os poemas, roupagem do espírito ensolarado.
Na eternidade da poesia.
8 comentários:
Pelo sonho "é que vamos", na natureza nos libertamos, com a poesia ganhamos asas!
Que bela, essa "literatura de cordel":)))))))
Dois belos poemas!
Beijinho
É sempre assim: uma pessoa chega a uma fronteira , pega no saco do que foi e avança num regresso já impossível. (cont.)
E a arte em geral multiplica a vida, a sabedoria do olhar mesmo que cansado. Ínfimo é quem divide esse sentir, apagando-o. Bj
Sempre as palavras certas. Que me tocam. Às vezes nem sei bem porquê.
Que belas fotos, que bom ler estes poeminhas :)))
Nela, sempre.
Será essa uma das formas de segurar a vida que às vezes nos foge.
Bonito o teu encadeado de sentimentos.
com os poemas fica a alma ... também ao Sol.
abraço
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