quarta-feira, abril 10, 2013

Chuva que (aqui) não pára


Sendo o xadrez da vida, um sopro, um engano,

com algumas luminosas abertas.

De um soneto de Correia Garção (1724-1772)

"Parou a chuva, correm sussurrando
Os torcidos regatos vagarosos;
Não me atrevo a sair, fico jogando."


5 comentários:

hfm disse...

Que fotografias! uma post que apetece reolhar e reler!

jrd disse...

Excelente!
Só é pena que o cavalo nunca possa "comer" o rei...

Abraço

Lizzie disse...

Por aqui está frio mas ainda não choveu. Hoje.

Os peões saem do tabuleiro e avançam várias casas, com "las ganas" que a indignação lhes dá.

Os cavalos estão quase a abandonar as estátuas.

Os bispos perderam a solenidade e a voz baixa. Alguns. Outros continuam a só poder andar na diagonal.

Não tarda nada e as torres desenterram as pernas e também andam pelo tabuleiro fora.

O Rei está velho e deve ser substituído em breve pelo Princípe. Os dois dizem que não querem pobres no Reino. mas estão quase em xeque por causa das batotas do genro e do cunhado, respectivamente.

Já ninguém pode com as manias da Raínha germãnica. Também quer um jogo igual ao daí.

De repente, toda a gente, importante ou não, fala do tabuleiro português.

Toda a gente, desde as brancas às pretas, está contra o tesoureiro e os outros jogadores:

não é bonito fazer birras contra os juízes do jogo, dar murros no tabuleiro e deitar abaixo as peças todas.

Valham-nos as paisagens,as abertas, as cascatas, mesmo que fora de estação.

Bonito post. Buenissimo.

Y por aquí me quedo yo.
Abrazo.

Justine disse...

Pois eu saí! Não resisti ao brilho da manhã, ao concerto dos pássaros, ao perfume da glicínia!
O sol não tarda a aparecer-te também...

Manuel Veiga disse...

excelente lance - da rainha...

cálidos regatos!