quarta-feira, outubro 29, 2014

Sempre

... me falam as pedras.
Embora eu, calada.
Santa Catarina de Sítimos, algures em Setembro. Pelo que soube, haverá vestígios dum templo pagão dedicado a Vénus, deusa do Amor e da Beleza. Ora bem a propósito aos meus propósitos.
Encosto-me a elas, pedras, para encontrar a força das coisas já que as pessoas raramente correspondem ao que se espera que sejam. Normais.
Pelo menos as pedras são gastas ao sabor do tempo e não às contingências do modo.

(os meus conhecidos daqui que me desculpem: hei-de voltar a conviver com eles e o que aprecio deles, em dias mais foscos e interiorizados)

6 comentários:

Teresa Durães disse...

Eu falo com as pedras. Para dentro. Longe ou perto. As pedras têm sabedoria antiga

Manuel Veiga disse...

por vezes deparamos com "pedras vivas" e reconciliamo-nos com os dias...

abraço

Justine disse...

Tu e as pedras. A sabedoria que não morre. A segurança de que algo perdura.
(aproveita os dias claros - até breve!)

Mar Arável disse...

há pedras que falam alto

M. disse...

Mas as pedras são contemporâneas de gente. Normal e anormal, empática e não empática, sensível e insensível. Mas afinal o que é a normalidade?

Anónimo disse...

Claro M., concordo. Talvez eu me sinta mais normal com a contemporâneidade de outras gentes, quiçá... (um pé no início do 2001 - Odisseia no Espaço, ou espreitando os fósseis)
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