quarta-feira, dezembro 21, 2016

Numa esquina

...do conhecimento. Com o espanto de tanta mudança, tanta bebida e comida (o que é, onde é, que as pessoas comiam há poucas décadas?), tanto hotel e derivados, tanta quinquilharia inútil, tantas coisas manufacturadas do outro lado do mundo?

Os anos passam cheios de interrogações e sem respostas.

Passei na "A Brasileira", apenas a fachada subsiste. Há mais de um ano soube-se do roubo, de todas as peças de latão ou madeira, espelhos, candeeiros, puxadores de portas, existências com história, de um passado de glamour e convivência portuense, que lá dentro existiam. Nada se ouviu e um roubo destes não se faz "com habilidade" mas com um grande descaramento e impunidade.

 Será agora mais um (mais um) hotel de 5*****

As portas que se abrem são apenas portas de cartão tal qual as brincadeiras de Natal: alguém nos come os chocolates.


5 comentários:

Era uma vez um Girassol disse...

Querida amiga, andei fugida novamente dos blogues.....mas com saudades ....
Um Bom Natal e um 2017 com saúde e montes de coisas boas! Cada um de nós sabe o que realmente gostava ainda de ter ou passar por...Beijinhos

Mar Arável disse...

Tudo pelo melhor
mesmo no Natal

Bj

Manuel Veiga disse...

votos de Boas Festas.
com consideração e amizade

beijo

Justine disse...

As nossas cidades primeiras transformaram-se em parques temáticos, em disneylândias provincianas, para gáudio dos turistas; e nós, os indígenas, vamos sendo relegados para reservas...
Que 2017 seja ao menos um pouco melhor que este que termina!

Teresa Durães disse...

Vivi a pouca distância da Brasileira. Ia lá somente aos domingos com os meus filhos. O chiado mudou, pouca História respira-se. Mas não era assim, de manhã corria a apanhar o electrico 28.Aos fins de semana o Chiado era nosso. Da minha linda família. Café, cigarro e Bertrand.