A complexidade dos pensamentos que me ocorrem.
Noite ou dia.
Uma resistência a prever, ou a viver, o futuro ou o presente.
E todavia, qualquer encontro, qualquer voz, uma pessoa ou uma esquina de rua, uma situação de livro, uma situação de presença aflorada em nomes varridos há muito da memória...
Toda a fluidez se concentra no passado.
Sei que não é bom.
Mas é como se Janus me espreitasse com as suas duas caras e quatro olhos.
Pelos corredores da memória surgem cantos escuros e sóis,
cabelos longos,
labirintos que só agora reconheço,
paisagens e paixões,
atravessando portas de décadas, tantas vezes escondendo a cara num mergulho de sensações,
e rompendo os pés nos caminhos,
as duas virtudes ou tendências de carácter já tão em desuso.
Sentar frente à transparência. Nos cantos me (re) encontro.
Como diria Paul Simon cantando: "Still crazy after all these years".
2 comentários:
Loucura saudável!
Bjinhos
Dei comigo, absorvido pelas imagens e pelas tuas palavras, a achar que ele, o Passado (ou seria o Tempo?...) tinha, por ali, perdido qualquer coisa. Voltei às imagens, depois às palavras, e quando voltei às imagens, descobri que faltava ali aquela sombra que sempre me fez 'cócegas': um relógio de sol! P'ró que me deu...
abraço.
jorge
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