Os lugares de culto e os nomes e notícias que se dão às coisas diversas. Incêndios que devastam construções de duas religiões opostas.
Mas, tratá-las por igual seria, no mínimo, um sinal de civilidade e de equanimidade que tanto se apregoa na civilização ocidental.
Esta é a homenagem a Nôtre-Dame como a vi há anos.
Da mesquita Al-Aqsa não tenho imagens... e como dizem "Jerusalém, capital de Israel", muito menos lá quero ir. O fogo não a atingiu tão severamente como a igreja que conhecemos em Paris. Esta mesquita muçulmana foi fundada há mais de dois mil anos, o seu aspecto actual é de cerca do séc. XI.
Portanto andaram pelas redondezas os "Cruzados" a espalhar a fé e, presentemente, os novos cruzados a espalhar a guerra.
Não se entrou, havia demasiada gente.
Que as ruínas sejam emissárias de Paz e Reconstrução pela Paz, porque tudo é efémero, mesmo durando tantos séculos.
Lembro-me sempre que caminhamos sobre "o pó dos outros" que nos antecederam.
5 comentários:
Bom não esquecer essa efemeridade, bom recordar o que nos constitui como alicerces para respeitar o património que nos coube herdar, E sofrer se o perdemos!
Pois, a efemeridade dói.
Está certo, tudo no mundo é efémero. Mas, dentro da efeméride, há o que ultrapassa uma ou várias vidas humanas e por isso o cremos eterno em relação à nossa brevidade. E há ainda o facto de serem obras de arte, coisas belas que saíram da mente e das mãos dos homens, razão nos faz amá-las como se nos pertençam um pouco. É pertença sem posse e que acontece em comunhão; ali estão os que passaram e os que vivem connosco a admirar-lhes a obra; e, julgamos nós, estarão os vindouros.
Mas, se as ferem e destroem sentimo-nos lesados no lado mais profundo e humano que temos.
Doeu-me ver Notre Dame a arder como me dói qualquer destruição do património natural ou construído!
Abraço
Também me doeu ver um monumento daqueles a arder.
Enviar um comentário