Estes desafios, avulso e à semana, aguçam-me o engenho e a vontade de aprender. E inquirir das memórias, tragédias e glórias passadas. A proposta da semana de 28.11, tinha a ver com o início e fundação da "casa real de Bragança". Sem me interessar muito por monarquias, também não lhes sou totalmente avessa: basta considerar o que de bom e mau têm as pessoas, reis ou plebeus.
A minha fotografia foi tirada na entrada do Panteão da Casa de Bragança, em S. Vicente de Fora, há uns bons anos.
e os passeios pela zona, nomeadamente por Vila Viçosa.
O Palácio Ducal, na praça onde impera (e bem) o 8º duque de Bragança, nada mais nada menos que D. João IV, aclamado rei de Portugal em 1 de Dezembro de 1640.
A sua fachada sóbria onde o luxo visível é mesmo ter sido construída com o mármore da região
Pagámos e visitámos: infelizmente não se pode tirar fotografias... aos lugares da realeza (que diferença dos museus e palácios que visitei no estrangeiro e, ainda por cima, não haver telemóveis à época)
O espreitar dos jardins, ambos, eu
e o pavão no muro,
as cozinhas admiráveis, de brilho, e sugerindo uma "real alimentação"!
o claustro,
as pequenas perspectivas em volta, era um Maio glorioso
A lindíssima porta manuelina
os pormenores das pedras lavradas também pelo tempo,
Tudo o que aprendi nestas passagens, das preferências e favores dos reinos.
(que também tenho reis preferidos: D. Afonso Henriques, D. Dinis, D. João II, D. Carlos, entre os que me lembro agora)
Retenho a beleza do lugar.
Penso - só de mim para mim e com um suspiro respirado e questionado - que se não fossem estes "eleitos" por linhagem (faraós, imperadores, reis e "afins") e as religiões a que grupos imensos se entregam, o mundo poderia ser mais justo...
mas não sei se seria tão bonito!
2 comentários:
Belas associações de ideias. Gostei muito.
Gosto bastante de Vila Viçosa e do Paço. Lembro a primeira vez que o visitei com um grupo de crianças e do nosso comum entusiasmo com as camas do rei e da rainha, os berços dos príncipes, o material da cozinha, etc.
Mas não sei mesmo se o mundo seria mais justo se não houvera reis e faraós e religiões. Já pensou que haveria outra qualquer coisa, uma forma diversa de governo, mas sempre um governo dos homens e logo enfermando de erros talvez até semelhantes.
Bom, deixaram-nos muita beleza. E nós que deixaremos? O mudo por um fio.
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