quarta-feira, novembro 10, 2021

PPP - Agenda para Novembro

"A beleza das coisas e os nossos cinco sentidos" foi o tema escolhido para o mês que corre, corre.

Hoje está sol e sente-se, com todos os sentidos (disponíveis) o Verão de S. Martinho, diz a lenda que o santo dividiu a única capa que trazia vestida com um pobre passante. Solidariedade, o que nos falta neste mundo de capitais, enganos e guerras, neste tempo estranho em que vamos (sobre-) vivendo.

Das minhas primeiras escolhas: a Visão

Fico muitas vezes a olhar as nuvens e as suas formas. Ainda bem que posso olhar e ver.

Ver, para quem tem problemas de visão, é um privilégio. A paisagem conhecida desde há 10 anos e sempre nova. O tempo de férias. As nuvens no horizonte ou o céu sem elas, absolutamente plano. Todas as manhãs e todas as tardes o fotografei. Milhares de imagens que irão servir-me como ilha deserta em outros anos, quando divagar, ou navegar, pelas boas recordações. Vêm-me ao pensamentos as alegorias de infância, as formas da cal nas paredes, as histórias imaginadas. O Planisfério e os contornos dos países ou continentes, as relações visuais que se me metiam na cabeça: peixe, cabeça de coelho, cacho de uvas...

A segunda escolha era outra imagem, não de nuvens mas de abandono, vazio:

Audição:


Ouvir pode ser uma espécie de memória musical, para mim.

As fotos são minhas, Belgais 2003, retocadas no estúdio M.!!!. O que digo tem um sentido muito especial, para mim e para quem me conhece, pessoalmente. E os sons são agora, quase e apenas, memoriados, de vidas anteriores.

Dizia eu há dias que faria falta falar de mais dois sentidos, além dos cinco: o sexto que dizem ocorrer nas mulheres, e outro, a locomoção que dá prazer e movimento à vida. 


3 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar!

Abraço

Justine disse...

Acompanho-te, B.!

bea disse...

E não há dúvida, Bettips, que muito conhecemos das coisas se usamos os cinco sentidos. Mas tanto nos falta ainda conhecer.
Novembro sem os sentidos - sejam eles cinco ou sete - era nada. Ainda que eles não sejam tudo.
Um beijinho para atravessar novembro com alegria.