sexta-feira, junho 10, 2022

PP - Passeio no passadiço 1

Vivo interiormente também de coleccionar "estados" de alma, de pensamento, de paisagem. Uma vez, há muitos anos, pusemos o despertador activo às 5h da manhã para ir ver os barcos de pesca a chegar com as sardinhas, ainda desembarcavam no cais antigo de Portimão. 

De outra vez, mais recente, acordou-se para assistir ao nascer do sol, no sapal. Quase madrugada: infelizmente estava enevoado, o caminho foi feito arduamente mas estava tudo mais obscuro que o costume. Também andar sem conhecer os trilhos não é fácil: de repente encontra-se um braço da água e margens abruptas.

E ainda depois disso, seguimos a placa do "posto de observação de aves" por uma estradeca cheia de cascalho que bem nos custou. Estava fechado, deambulámos pelos lugares possíveis. Os anos que (se)passam!

Bem... aqui foi só seguir o passadiço que avançou em obra "de envergadura". Uma forma de preservar as dunas e os lugares dos bichos e, aos humanos andar pela natureza com facilidade. Ainda bem que esta ideia foi posta em prática porque, tirando os desportistas de bicicleta ou a cuidar do físico, ainda raros, e os cãezinhos a farejar, o "resto é paisagem" e silêncio. Que muito aprecio.

A ribeirinha que, da praia, passa despercebida


Os bichos do silêncio
E vai andando pelo tronco adiante...



Sabemos, pelo olhar que o viu tão rápido, que por ali passou um coelho...

 

2 comentários:

M. disse...

Apetecível este passeio. Quem me dera tê-lo feito!

Justine disse...

É a natureza que nos dá o alento necessário para viver em equilíbrio