segunda-feira, janeiro 16, 2023

Com encontros em Lisboa

Há muito tempo atrás, tínhamos 3 meninos que faziam anos neste mês. Aqui, os vizinhos. 

Comemorávamos a festa de Natal e Ano Novo, ao juntar os aniversariantes e prendas numa festa só: dia 6, Dia de Reis. Fizemos assim muitos anos seguidos e dizia-se, a brincar "Norreis, juntam-se as Marias e os Manéis". Há alguns anos, a vida e o tempo deram outras voltas e apareceu uma outra criança "de Janeiro". Com essa data para sempre em relevo, fazemos uma viagem de comemoração a Lisboa. Donde os apontamentos de cidade que, afinal, conheço tão bem. Dos inícios, anos 70, com a "outra margem" de amigos sempre no roteiro, na baixa ainda existiam os Armazéns do Chiado antes do grande incêndio!, os passeios beira-Tejo sem o CCB nem a Expo-98, o ex-Museu dos Coches, os Jerónimos, a Gulbenkian, o Campo Pequeno. Contando as dezenas de vezes que lá estivemos depois e "estacionámos" em Campo de Ourique, na Lapa, no Areeiro, na Avenida de Roma, com passagem pela Alameda das fortificações do séc. XIX, e encontros variados dos amigos-PPP. 

Apontamentos:

Um bolo-rei de mãos pequeninas

As cores do fim da tarde
e o fumo azul do vendedor de castanhas

Os pavões da capital
Um guindaste para a Lua!
A "minha cor"
O iluminado dia
O vestido de bailar e as brincadeiras

A prata da casa e o aconchego

Os olhos vazios das janelas,
e, finalmente, os olhos e a alma cheios de conforto

Foi essa a visita, as visitas, enquanto os rios para Norte corriam cheios e as árvores para Sul se despiam e despediam.




4 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Festas com família e amigos são sempre de repetir, visitas a Lisboa também.

Abraço

bea disse...

Fotografo Lisboa com a alma. Talvez por isso, reconheça uma das fotos; por ali passar sempre que faço a viagem de carro e por me intrigar a razão daquela frontaria erguida, beleza no vazio, sem mais. Nada sei sobre ela. Pergunto-me a que pertenceu, a quem pertence, o que já foi. Mas é tão linda que confrange vê-la assim desprotegida e a céu aberto.

M. disse...

Com o amarelo de Van Gogh sur la table e os livros de escritores e gostos variados empilhados... Hum...

Justine disse...

Recordações, vivências, emoções guardadas... é a nossa vida!