E no "Abril, águas mil" que se verificou este ano a sério, faltam as restantes escolhas para o PPP, as que foram publicadas e as inúmeras outras encontradas.
Dia 10 – Luz vs Sombra
Acho que esta foto não precisa de descrição: na velha quinta, transformada em parque, este lugar entre pedras-sombra e verdes-sol.
Dia 17 – Profano vs Sagrado
Numa visita a uma exposição de santos e presépios, dos mais variados feitios e materiais, reparei neste santo-feito-candeeiro. Não descobriria se não tivesse lido a placa: S. Francisco, protector dos animais. Fui investigar e trata-se de S. Francisco de Assis que deve ter sido o primeiro “ecologista” e “greenpeace” de que há memória. Isto esquecendo a Eva que, pelo que é conhecido, tinha uma atitude mais biológica, ao comer e partilhar maçãs. Diria a propósito “para mal dos nossos pecados”!
Mais um aspecto do sagrado do hábito das freiras ao lado do profano de quem passa:
Dia 24 – Antes vs Depois
A Mesquita-Catedral de Córdoba: uma obra absolutamente fascinante, com 13 séculos de História nos seus pergaminhos. Com efeito, foi templo de Visigodos, Muçulmanos e, finalmente, Cristãos. Andando por ela, nos magníficos claustros onde convivem arcos mouriscos e altares cristãos, é de uma grandeza e elegância difíceis de descrever. Infelizmente, as fotografias que tenho lembram-me que havia uma excursão de nipónicos por tudo o que era sítio: daí ter poucas imagens de conjunto, pois tinha de virar a máquina para o tecto ou para pormenores onde não estivessem pessoas. Aqui estão aspectos do interior onde se percebe esse “antes e depois” que tanto me fascinou. Uma lição do passado sobre uma comunidade inclusiva.
É claro, que de um lugar tão belo tirei muitas mais fotografias que aqui não caberiam...mas apetecem-me algumas mais:
De muitos "antes versus depois" apareceram-me tantas sugestões, além da Mesquita de Córdoba!
Esta, por exemplo, é uma vista dos anos 80 que já não existe, foi-se a poesia e harmonia de uma pequena aldeia piscatória. Passei lá há poucos anos, num acaso, e não consegui tirar uma fotografia. Fiquei tão desolada com a azáfama das ruas e casas, e condomínios, e proibições, que só quis por-me dali para fora...
A Casa dos Bicos, que não sei como era, só em fotografias antigas, foi recuperada. É, desde 2012 a Fundação José Saramago. Na parte inferior do edifício, encontra-se um núcleo arqueológico do Museu de Lisboa, com as escavações mostrando vestígios da época romana e restos de muralhas da Cerca Moura
Passando para Mértola:
Nas fotos acima e abaixo, por trás do altar cristão, encontram-se partes da mesquita árabe
Eu, que nestes passos, aqui e ali, fico fascinada com a História dos tempos idos, com as vidas vividas, com os hábitos e transformações, sempre encontro algo para aprender.
2 comentários:
Belas reportagem como sempre!
Guardo de Córdoba excelentes recordações.
Na zona ribeirinha, Ferragudo ainda encanta!
Abraço
A mesquita é, por tudo que se diz e o que não é do dizer, uma maravilha.
Ferragudo nunca conheci e não sei se virei a. Mas é sempre pena perder-se o genuíno dos lugares. Facto que sucede cada vez mais.
Mértola, acredito que ainda venha a conhecer; tenho-a em mente.
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