sexta-feira, junho 22, 2012

Mar e mar - ir ao fundo e voltar



Ah... mar sempre diverso

tão perto me estás e tão longe me ficas.
Como gente.
Falas, murmuras, suplicas, ficas furioso, escondes-te, és traiçoeiro, és manso, és doce e bravo.
E mentes quando dizes "eternamente"; ou para sempre, é o mesmo: recuas ao menor indício de luas.
Voltar não se volta, ao mesmo mar.

"Sleep not, dream not; this bright day
 Will not, cannot last for aye;
 Bliss like thine is bought by years
 Dark with torment and tears"

(Brontë Poems, "Sleep not", 1846)

6 comentários:

M. disse...

Como corpos lutando entre a visibilidade e a quase submersão. Assim vejo as tuas imagens de hoje. Muito belas.

Rosa dos Ventos disse...

Ao mar só falta um (a) MAR!

Abraço

mfc disse...

É um companheirão...
E as tuas fotos muito bonitas!

Beijinhos,

Manuel Veiga disse...

feitiço do Mar...

beijo

Mar Arável disse...

Um corpo vivo

inteiro

Lizzie disse...

Às vezes acho que o mar é uma espécie de terra líquida que se cansou de estar parada, presa ao chão ou mesmo de ser chão disciplinado,silencioso, paciente.

Revoltou-se contra os deuses eternamente sentados. Decidiu ser viagem sempre para longe porque para perto já chega a pouca ousadia dos lagos. Mares caseiros, coitados.

Faz par com a lua ou não fosse esta a mãe dos sonhadores. E dos amantes.

Enfim, do outro lado as casas brancas de madeira e a brisa fresca soletrada pelas gaivotas, pelos corvos...

por alguma razão estes trouxeram para terra uns ovos que estavam no fundo do mar e, numa noite de luar, deles saíram pessoas que cantavam e pulavam histórias nunca ouvidas.
Foi assim que do mar, nasceu a música e a dança.

Desculpa o lençol mas como gostas de histórias...:)

Beijinhos