sexta-feira, março 08, 2013

8 de Março


Nenhuma destas mulheres foi revolucionária.

Fizeram pequenas coisas, submeteram-se a algumas outras, arranjaram emprego numa época (anos 40/50) em que a maior parte ficava em casa, sendo os homens "os senhores de tal".
As fadas do lar desmultiplicaram-se. 
A Lurdes, a Olímpia, a Mariete, a Quinhinha...
Eu lembro-as todas, uma a uma, porque todas tinham o que as mulheres "sabem no fundo de si": AMOR.

9 comentários:

lino disse...

Uma bela homenagem!
Beijinho

jrd disse...

Pois eu penso que sim que foram!...

Um Abraço caloroso, do frio.

Manuel Veiga disse...

a dignidade é discreta - tantas vezes...

beijo

Lizzie disse...

Heroínas sem montra nem notícia. Sonhos escondidos na renda, na telefonia, desgostos no prato do jantar. E a memória como amor.

Lizzie disse...

E um abraço que ficou na esquina do anterior. Esta coisa amputa-me as palavras. Credo, parece um deus amuado do silêncio.

Rosa dos Ventos disse...

Já a minha mãe que partiu há 9 anos, com 88 foi uma operária...em construção! :-))

Abraço

Justine disse...

A foto faz-me recuar uns 50 anos, até uma foto semelhante com a Aurora, a Maria, a Emília e a Deodata, esta última minha mãe.As outras minhas tias. Nenhuma revolucionária, mas todas me ensinaram muito sobre a vida e como fazer cada dia valer a pena!
O teu texto, comovente!
Um beijo de mulher para mulher!

M. disse...

O que é estranho é que o mundo dos homens esqueça o amor que recebeu, e recebe, das mulheres a ponto de criar um mundo ao seu jeito, dando prioridade aos seus interesses. Estranho.

Anónimo disse...

Tens toda a razão em estranhar, M.
Pensava nisto mas não o conseguia por em palavras simples como o fizeste!
Bj da bettips