terça-feira, novembro 19, 2013


...um intervalo de águas.
Onde revolto e me (re)volto. E retorno, retorno: melhor ouvido em fonética antiga : retórno e retôrno.


Pesco pensamentos soltos e salpico-me de memória.
Sorrio um pequeno riso.


Mão vai fluindo, no silêncio, ao longo do corpo em rendas.


Lugares para sempre tão de acordo comigo que eu sei lá!
Cicatrizes, sinais.
Um vestido meu onde me dispo. Previsível como antiga mente.

6 comentários:

M. disse...

"Ao longo do corpo em rendas"? Brinco e pergunto: Osteoporose? :-))
Agora a sério: Olha que as rendas do pensamento podem ser um bom sinal. Trabalho de artesão, que o pensamento é um artesão da vida, porque criativo e belo quando não se ajusta a tecidos rígidos.

Anónimo disse...

Pois claro, vê-se nas pedras todas furadinhas do tempo, ossos da terra... Vamo-nos amparando nelas, quand-même.
Tecem-se rendas para um imaginário vestido de vida. Nem sempre nos serve ou adequa.
Obg M.
B.

jrd disse...

Há tanta coisa para lá do simples haver...

Abraço

Era uma vez um Girassol disse...

Que lindo,Bettips.....
Encontro sempre beleza em palavras e imagens no teu espaço.....
Beijinhos

Era uma vez um Girassol disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Justine disse...

Os lugares que nos enchem, que nos mantêm na vertical...sei-os também, preciso também deles!