Imagino que tenha isto escrito algures, por aqui ou ali.
Tantos papéis, tantos cadernos, tantas notas. Tantas vezes sem datas, perdidos entre pedras, ou caixas ou recantos ou estantes.
É uma citação que só conheci completa muito mais tarde. Quando li "Por quem os sinos dobram", livro de 1940, de Ernest Hemingway, o futuro era longe.
(não conhecia José Saramago e as suas palavras)
Os relógios marcavam as horas, as mesmas
Aflorava as ruínas como antigas,
os homens como velhos,
no turbilhão dos dias,
na solidão dos pensamentos,
John Donne (1572-1631)
Chove muito. As estradas e as ruas cheias de gente que trabalha, vai ou vem. Esse tempo que já não é o meu, quanta chuva, quanto calor, quantas horas.
Os tempos alterados.
Por quem os sinos dobram.
3 comentários:
Muito belo, Betty.
Não deixem cair os carrilhões de Mafra
Imagina que, em 1963, as colinas de África eram (espantosa e deleitosamente) verdes - achava eu!...
Mesmo que, à cautela, não houvesse futuro.
abraço.
jorge
Enviar um comentário