sábado, maio 04, 2019

Pensar árvores ou, até, raízes 1

No andar, por aqui e ali. A propósito de uma série inglesa (e muito londrina), que vejo e que me chama a atenção para diversas curiosidades e hábitos da minha segunda cidade do coração, descobri o Rio Fleet.
Com um curso e porto importantes, assinalados desde os Romanos, é um rio subterrâneo, o maior que atravessa Londres, de norte a sul. Mil e uma referências a este "river" de que só conhecia a Fleet Street, a dos jornalistas.
É claro que me vieram à mente os lugares onde estive ou passei, sem saber do rio, of course! Camden Town, Holburn, King's Cross...
Os pequenos cursos de água que dão origem ao Fleet River nascem em Highgate e Hampstead Heath, onde existem à vista alguns reservatórios ou lagoas, cujas águas depois são entubadas. Desagua no Tamisa, junto à ponte de Blackfriars. Lembranças que logo se misturam com as fotografias, cujas legendas desconhecia...
Das pontes:

Algures por ali desagua o Fleet sob a Ponte de Blackfriars
Pilares da antiga ponte ferroviária



Das árvores:





Como esculturas, para mim vivas,
tal como parece saber o esquilo






De Hampstead o que imagino ser o pequeno curso de água

 e um dos lagos
The Sham Bridge
Na entrada do parque, uma lembrança. D.H. Lawrence era autor obrigatório no curso de inglês e, por ele, conheci os Etruscos com muitos e mais pormenores.


Todas estas lagoas têm nome... mas são tantas e percorrer o parque era imperativo, assim como ir à Kenwood House. Todo o lugar é maravilhoso e foi a propósito do River Fleet que tudo isto me veio à memória.

5 comentários:

M. disse...

Belas memórias. Bela homenagem a um lugar querido. Gostei imenso.

bea disse...

Não conheço Londres. Mas as fotos estão muito bem.
As árvores são seres vivos impressionantes - para quem se deixa impressionar ou é ligado a este mundo vegetal. Em Portugal, embora menos imponentes - as árvores são inatamente à escala do país e das suas carências e prodígios -, também há árvores que são a expressão da terra, sinais da natureza prolífica ou miserável, dos males do mundo e dos homens. As árvores são sinais enraizados na terra. Só não os lê quem não quer.

Isabel disse...

Gostei muito das fotos.

Não concordo com a Bea, quando diz que em Portugal as nossas árvores são menos imponentes. Os nossos castanheiros bem imponentes, os sobreiros belíssimos, as oliveiras centenárias...árvores que impressionam.

Bom domingo,dia da mãe:)

bettips disse...

Obrigada, Isabel, claro que concordo contigo!
Às árvores que conservamos no nosso pequeno país, é olhá-las, conservá-las e amá-las! Abç

bea disse...

Isabel
serem menos imponentes não belisca o facto de serem belas ou impressionantes. Mas não me terei expressado de acordo com o que penso: Digamos que quando estive no Reino Unido - não em Londres - verifiquei que nos quintais existiam árvores enormes e que estariam certamente próximas de serem centenárias. Reconheço contudo que a minha experiência em quintais portugueses e ingleses não é grande. Mas diria que a nossa experiência de árvores em quintal é mais maneirinha e que não cultivamos como eles um certo ar campestre. Pode ser do clima, da terra, das pessoas. Mas as nossas vilas e cidades são outra coisa.Mais pedra e menos verde.