sexta-feira, fevereiro 28, 2020

Os possíveis vislumbres

Por esta altura, há anos, já teria espreitado os outros e tantos lugares de camélias.
Quintas, ruas, esquinas: vislumbres e deslumbres. Sei de lugares de casas onde, há mais de 20 anos, colhia uma flor debruçada entre muros. Sei por onde devo passear entre elas. Ofereciam-me camélias. Conheço-as de longe e em muitos sítios diferentes.
Várias pessoas que sei terem camélias nos quintais e não me parece que "as vejam". Eu imagino-as lá, sem as ver.
Lugares especiais delas, visitadas através das décadas, além dos jardins onde (se) acenam a mim: Quinta da Aveleda, Casa Tait, Palácio de Cristal, Celorico de Basto, Quinta Vilar de Matos, Quinta Vilar de Allen, Jardim Botânico/casa Andresen de Sophia, quinta Monte de Esqueiros. Exposições no Porto em vários anos, conhecidos daqui e dali que encontrei por acaso e têm esse entretimento... e outras tantas pistas que não tive oportunidade nem tempo de seguir. Não sabendo o nome das espécies delas, trato-as simplesmente por tu.
São, por agora, estas as camélias possíveis: Parque da Quinta do Covelo e na companhia da criança que ainda sinto e vejo, comigo, em mim.










Se há maneira de me convidar a sair, nestes tempos interiores, iria apenas para vê-las!

4 comentários:

bea disse...

e por que não vai olhá-las no seu habitat, bettips. As camélias são flores de inverno e tudo nas cameleiras é bonito, as folhas envernizadas, os breves botões, as pétalas que se abrem à luz. Tenho uma pobre japoneira sufocada entre azevinhos e em terra de extrema pobreza. E ainda assim, débil e anémica, ajouja com a carga de flor, a delicadeza das hastes rasando a terra. Gosto dela por ser linda mas também porque, anualmente, pontua, estou aqui. No tempo da flor, dia sim dia não, expurgo-a das murchices de sol para que não sinta que envelhece e se recreie em beleza nos botões que vão abrindo.

Rosa dos Ventos disse...

Fiquei uma vez num turismo de habitação, num solar, em Celorico de Basto, cujo jardim de camélias era assombroso.
De um lado e do outro da minha casa há Amélia, eu tenho uma mas muito débil, há muito que não dá flor!

Abraço

Rui Fernandes disse...

Bem gostaria de as ter, mas morrem-me todas nesta terra alcalina, seca e abrasadora. Fico-me pelos sobreiros e oliveiras.

Justine disse...

Indispensável, a tua reportagem sobre camélias nesta altura do ano. As tuas saudades, as tuas recordações, a minha alegria ao ver-te assim...