Por esta altura, há anos, já teria espreitado os outros e tantos lugares de camélias.
Quintas, ruas, esquinas: vislumbres e deslumbres. Sei de lugares de casas onde, há mais de 20 anos, colhia uma flor debruçada entre muros. Sei por onde devo passear entre elas. Ofereciam-me camélias. Conheço-as de longe e em muitos sítios diferentes.
Várias pessoas que sei terem camélias nos quintais e não me parece que "as vejam". Eu imagino-as lá, sem as ver.
Lugares especiais delas, visitadas através das décadas, além dos jardins onde (se) acenam a mim: Quinta da Aveleda, Casa Tait, Palácio de Cristal, Celorico de Basto, Quinta Vilar de Matos, Quinta Vilar de Allen, Jardim Botânico/casa Andresen de Sophia, quinta Monte de Esqueiros. Exposições no Porto em vários anos, conhecidos daqui e dali que encontrei por acaso e têm esse entretimento... e outras tantas pistas que não tive oportunidade nem tempo de seguir. Não sabendo o nome das espécies delas, trato-as simplesmente por tu.
São, por agora, estas as camélias possíveis: Parque da Quinta do Covelo e na companhia da criança que ainda sinto e vejo, comigo, em mim.
Se há maneira de me convidar a sair, nestes tempos interiores, iria apenas para vê-las!
4 comentários:
e por que não vai olhá-las no seu habitat, bettips. As camélias são flores de inverno e tudo nas cameleiras é bonito, as folhas envernizadas, os breves botões, as pétalas que se abrem à luz. Tenho uma pobre japoneira sufocada entre azevinhos e em terra de extrema pobreza. E ainda assim, débil e anémica, ajouja com a carga de flor, a delicadeza das hastes rasando a terra. Gosto dela por ser linda mas também porque, anualmente, pontua, estou aqui. No tempo da flor, dia sim dia não, expurgo-a das murchices de sol para que não sinta que envelhece e se recreie em beleza nos botões que vão abrindo.
Fiquei uma vez num turismo de habitação, num solar, em Celorico de Basto, cujo jardim de camélias era assombroso.
De um lado e do outro da minha casa há Amélia, eu tenho uma mas muito débil, há muito que não dá flor!
Abraço
Bem gostaria de as ter, mas morrem-me todas nesta terra alcalina, seca e abrasadora. Fico-me pelos sobreiros e oliveiras.
Indispensável, a tua reportagem sobre camélias nesta altura do ano. As tuas saudades, as tuas recordações, a minha alegria ao ver-te assim...
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