Da proposição desta semana no PPP, surgiu-me a lembrança de "A Estratégia da Aranha" sobre a frase "ignoro o que seja".
Nomes de filmes que marcam outros tempos: Bernardo Bertolucci, 1970, um realizador de culto, de quem não se perdia um filme novo. Como nos anos anteriores, anos 60, se viam os filmes do neo-realismo italiano que tanto nos diziam da sociedade de então.
A aranha estava pendurada laboriosamente, no estendal, fora da janela. Aí construiu - seria de noite? - um intrincado véu em teia. Quando a vi e observei durante uns minutos, tinha acabado de apanhar um insecto: fiquei fascinada porque nunca tinha visto, assim perto e com a lente da máquina, o decorrer da refeição do bicho. Claro que depois disso, mandei-a para longe, entre as plantas, que cada um no seu lugar!
O que me espanta nos animais: a habilidade nas construções das suas armadilhas ou esconderijos:
Ao mesmo tempo, na procura do "ignoro o que seja", apareceu-me uma figura de terracota que tem uma pequena história.
No recuado ano 2001, numa viagem a Paris e com uma amiga. No Instituto do Mundo Árabe, havia uma exposição de peças árabes, de outros países, e com destaque para uma peça "portuguesa", que fomos ver. Era nada mais nada menos que este Vaso de Tavira!
Recordei-o logo quando mais tarde o vi e fotografei.. em Tavira, no Museu Municipal, no núcleo do Património Islâmico.
E, sempre a propósito de um fio do acaso, como a teia... fui ler informações no Jornal Sul Informação, uma notícia de 24.2.2012: um tema misterioso e fascinante, mil anos depois!
Donde me vem à memória, outra viagem posterior a Paris e o mesmo Instituto que só se viu por fora: a andar, a andar, à beira-Sena, depois do Boulevard Saint-Germain, estava mesmo a fechar!
O agrado com que lembro estas coisas que, tantas vezes ao vê-las, "ignoro o que sejam"!
3 comentários:
Os meus netos andam fascinados com a estratégia das aranhas para apanharem insectos.
De paris também tenho boas memórias!
Abraço
Há o que ignoramos e nunca soubemos; e o que ignoramos mas já soubemos e entretanto esquecemos. Interessantes as suas ignorâncias.
Estás imparável, mulher antiga.
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