Longe dos meus lugares de referência de outros Outonos (Porto, Douro vinhateiro, Serralves, Parque da Cidade), resolvo o desafio desta semana com as plantas das dunas, arrastadas para o mar pelas marés-vivas, do Equinócio de Setembro. Embaladas pelas ondas. Duras, espinhosas mas graciosas, as folhagens que encontrei.
Espreitam pés incautos mas os meus estavam avisados desde a adolescência percorrendo areias. "Quand vient la fin de l' été sur la plage..."
Estas paisagens avulso proporcionam-me momentos que "duram todo o ano", todos os anos. Fazem-me sorrir e esquecer rugas quando os olho, no lugar silencioso da casa, a chuva que cai lá fora, a imposta limitação dos passos. Levanto então a cabeça.
Da simplicidade, das madressilvas tardias e cheirosas
E enfim, alguns dos, possivelmente, poentes diferentes de lugares iguais.
Já a memorizar os "Outonos" nesta outra forma de ver o que está perto.
3 comentários:
A primeira foto lembra-me a minha praia lisa com seus ramos espinhudos e soltos, tão lindos como o arrepio dos dedos a imaginá-los. E depois a última faz jus a um pôr do sol rosado e quase pueril. E há os resistentes sobreiros de que pouco falo no intento de não devassar.
Boas fotos.
É fresco e límpido o ambiente que mostras hoje aqui. Gostei.
Mostras fotografias excelentes, mas esta última, do pôr-do-sol, as árvores parecem uma chaminé a deitar um fumo colorido…
Serenidade, calma, silêncio - que bom!
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