quinta-feira, agosto 07, 2025

As escolhas de Julho no PPP

Tão quente e tão diferente está o passar dos dias! Atrapalham-se, sobrecarregam-se. Estão estranhas, as pessoas, as coisas. Num instante se foram os meses de flores e cerejas. A seguir, só dias de excessos.

Em Julho, foram propostos "jogos", multiplicando à vontade as interpretações da nossa bela língua Portuguesa.

Dia 3 - Xadrez

Ative- me pelo mais simples apesar de achar que "há pano para mangas" com este desafio! Como cá por casa sempre se jogou, muito ou pouco (e até a feijões!), aqui vai um aspecto dos jogos que se vão fazendo, por brincadeira, que se vai tornando séria à medida que as idades avançam.

Dia 10 – Damas 

Como disse na semana anterior, esta é uma foto caseira dos jogos variados com que vamos entretendo e ensinando, uma menina pequena. O tabuleiro foi-nos oferecido há muitas décadas, talvez fins dos anos 60?, e conservámo-lo religiosamente, é lindo! 

Dia 17 – Malha 

Malha urbana ou parcelamento do solo. Ver, ou o mar, as nuvens, a paisagem que passa diante dos nossos olhos. A sensação de estar fora do mundo e das “malhas que o império tece”.

E esta veio agarrada à ideia, a partir do "eixo" do candeeiro sobrevoado, da malha, da cidade

Dia 24 – Eixo

Vertical e do imaginário. Esta foto tirada de uma arcada, do muito novo, do novo e do antigo.

Dia 31 – Cabra-cega 

Tirei-lhe o hífen original e inventei, escolhendo duas fotografias com o mesmo: a cabra-mãe e a estátua-cega. Como se fosse um jogo de palavras.



Das minhas escolhas variadas, sobraram estas:




Este entretimento que tantas vezes me faz viajar no imaginário.

O passado é como uma muleta para um pensamento claudicante na mudez da época, uma perna que falha no dia a dia. Para não cair.

 

 

2 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

Como sempre belas fotos e belas palavras!
Eu por cá continuo a claudicar da perna esquerda e sem vontade de revisitar o passado.

Abraço

bea disse...

Não tenho jogos em casa, ou talvez sobrem alguns da infância de meus filhos (muito bem guardados em caixas de sótão - parte, dei a quem deles fez proveito). Não consigo aprendê-los e nem que me entusiasmem. Já tentei os jogos de cartas e ainda lhes desconheço nomes e valor; a competição nem a feijões me interessa e o prazer do jogo deve ter-me sido geneticamente extirpado. Os jogos que me fazem pensar ainda me interessam menos. É prazer e diversão a que sou imune e antes me aborrece de morte. Paciência.
Gostei um imenso da foto do candeeiro e da que contrasta o novo com o velho e cuja abertura é com certeza árabe (deduzo). Seja o que for: são fotos bonitas, indícios de viagens feitas. Pouco interessa se são ou não de hoje, Bettips. Esteve lá. Eu, que pouca chance tive de as fazer; que fiz, parvamente, um interregno, hoje tento repor algumas falhas. Não é a mesma coisa - sou mais velha e tudo é moroso; a companhia não será para mim o mais estimulante e logo, deixo de ver algumas coisas - para mim - imperdíveis. Mas é, fora de dúvidas, muito melhor que nada. Como é que não vi isto antes e fui adiando, adiando, como se o tempo fora o eterno presente que não é?!
Tenho um amigo que afirma trabalhar ano inteiro pela cenoura de três semanas de férias fora do país a explorar mundo. Creio ser bastante como ele e a minha longa, longuíssima pena, é que não possamos viajar os dois. A amizade também tem interditos sociais. Que se há-de fazer?!
Um abraço Bettips