Por aí abaixo, pelo mapa abaixo, norte/sul, sempre tentada a parar nesse Alentejo "da minh'alma". Que por tantos motivos me é querido: lutas, gentes, paisagens, comidas, solidões.
É-me como um espaço de mar, em terra.
Vestígios tão antigos de outras idades do Homem, romanos e mouros nas suas tradições, costumes tão diversos do Norte, modos de falar, de estar, de cantar.
A coragem.
Tudo o que vejo, caiado de branco, avivado a cores, azul, amarelo. Tudo o que li e o que imagino ter-se vivido nessa terra de grandes agrários e pequeno pão. Todas as torres cónicas que se vislumbram entre as construções de igrejas cristãs. Todos os caminhos desertos. Todos os nomes com "al" que nos prendem ao passado.
Agora, observando o que mudou. Com um certo aperto no coração pelo cultivo intensivo e que esgota a terra, pela desordem dos investimentos estrangeiros. Tentando perceber se há equilíbrio, se alguém se preocupa com ele, o futuro.
Ah... mas tudo isso que vejo e penso me levaria a outros campos de tantas batalhas: o da ditadura, o do 25 de Abril, os oportunistas.
Apontamentos desta emoção de Setembro
Ir-se-á, com a candura espantada do olhar, mais longe.
2 comentários:
Contemplações. Muito belas. Que marcam o pensamento e doem, somehow doem.
Pois por suas mãos nos veio um bom retrato do Alentejo. Obrigada.
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