domingo, setembro 08, 2019

Repetindo "transparências"

Porque ir à Gulbenkian é sempre uma festa para os sentidos, todos.
Porque da primeira vez que lá entrei no início dos anos 70 pensei e disse, muito provavelmente o repeti: "mas isto é como lá fora"!
Porque já visitei o museu inúmeras vezes, e uma vez mais.
Porque espero lá voltar, tenho saudades de ver, uma a uma, aquelas caixinhas trabalhadas, os tecidos, os vidros; e o Rodin, o Millet, o Monet e o Manet, o Rubens, o Ghirlandaio, o Turner, e... tudo.
Porque gosto de espreitar os jardins em todas as estações.
Exposição do Mundo Islâmico, imperdível, sobre as sombras e as transparências, sobre artes antigas, sobre religiões que tanto se degladiam e tanto têm em comum...
sobretudo, o olhar o mundo
o estimar que tanta coisa permaneça preservada por mãos delicadas
para nosso espanto,
para nosso encanto.







Resolvi acrescentar a proveniência e a idade da peça opaca que tem a cor da nata do leite antigo que eu conhecia: fascinante!








Quando olhar a cor das folhas ao sol, vidro verde ou cor de sangue, quando as oliveiras me virem com os seus pequenos olhos de azeitonas, quando alentejar nos muitos  longos campos e a visão tremer com o calor ao longe, quando for ao encontro da Natureza e ela me encontrar,
lembrarei a transparência.
E o mundo parecerá mais belo e seguro,
mais confortável.

2 comentários:

bea disse...

ah, ah, ah... é mesmo o que estou a pensar ir ver hoje:)).
Boa semana:)

Rosa dos Ventos disse...

Gosto muito destas transparências.
Tenho que lá voltar!

Abraço