Como muitas vezes me acontece, retiro fotografias de escolhas várias, para os assuntos propostos.
Do "tacto" que foi referido no relance das subidas e descidas ao Pulo do Lobo, sobraram-me estas, de outras coisas de tocar. Uma secretária de uma amiga, um gosto de tactear e perceber a minúcia de todos aqueles baixos-relevos. Veio da Índia há muito tempo e foi especialmente feita para os avós - ou bisavós??? - dela, com alegorias e as imagens das pessoas elas próprias. As mil e uma gavetas - uma de segredo - ainda guardavam as aparas de pau sândalo; e do toque e visão se dava conta do extravagante odor de incenso da madeira. Que mãos, que artistas, a modelaram lá tão longe? Um primor, uma obra que nunca esquecerei, mesmo não sabendo onde pára, nestes tempos em que o útil se torna inútil e "desadequado"...
E os ouriços viçosos nestes castanheiros onde não se pode tocar: mas que dão vontade de o fazer! Uma viagem em que todos os sentidos nos foram requeridos. Ainda com a memória deles.