quinta-feira, setembro 21, 2006

Estas imagens não têm palavras ...





Só mares azúis e habitantes de praia (gaivotas-sargaço-barcos). Sonhos.

domingo, setembro 10, 2006

Passei por aqui


e vim lembrar um aceno, neste mesmo canto, há meses. Em roxo.
Neste canto de casa, como em muitas esquinas aqui, dentro de arcas e estantes
há "as palavras" ... "que nunca direi"- nem de amor nem de ódio, é um limbo, uma vagem por abrir. Quem ficará. Ou ficará?
os mapas de viagens que não irei fazer (mas algumas passadas e certamente por passadas, felizes, ainda conchas, areias, pedras de sempre, postais, ervas secas, troncos de vinhas cortadas e vindimas feitas aos meus sentidos/sentimentos)
nem digo o que queria dizer que é simplesmente "Olá"!
Neste canto, também frases e cumprimentos e parabéns e notícias, só que eu nem estive cá.
Passei por aqui e deu-me o sol que me brilha às vezes
Então, remetentes: o Porto, Aveiro, Agueda, Lisboa, atravesso o rio e páro numa terra que eu acho cor de tijolo, mais umas nesgas de Tejo, e por aí abaixo, até às últimas serras do Sul e mares
Ainda Açores.
Uma infinita conta de somar, palavras e encontros.

terça-feira, setembro 05, 2006

Learning to pause II


... fui a um pacote de chá de ervas, donde retirei este precioso conselho:

"Harmony is the inner cadence of contentment we feel when the melody of life is in tune.
When somehow we're able to strike the right chord - to balance the expectations of our families and our responsibilities in the world on one hand, with our inner needs for spiritual growth and personal expression on the other ...
Usually, when the distractions of daily life deplete our energy, the first thing we eliminate is the thing we need most: quiet, reflective time. Time to dream, time to think, time to contemplate what's working and what's not, so that we can make changes for the better...
Learn how to pause."

(Sarah Ban Breathnach, livro que não conheço nem li, nem tenho intenção de ler: A Daybook of Comfort and Joy)

Portanto, além do chá me fazer bem, estas palavrinhas simples afagaram-me os espinhos.

Escolhi, pois
Não as soleiras das portas, as pedras, as dunas, o banco vermelho do jardim abandonado, a ponte japonesa, o regato doce, o sofá antigo
Não os mil postos de trabalho vazios
ou as ruas de outra cidade densa
Mas o sumptuoso lugar donde posso ver o cenário, onde o horizonte acaba de um lado verde, doutro lado azul
(e entretanto, procurar laboriosamente o significado das pequenas esculturas e símbolos que
se foram desenhando na minha vida)

Os amigos-pérolas deste colar sabem que eu estou, pertença dos laços que fomos explorando, feliz por ter acesso ao arco-íris que visito
das pequenas ervas, dos poemas, das festas de aldeia, das paisagens, dos lamentos, da filosofia, das músicas e pinturas, das ironias e dos romances.

Learning to Pause I


Passa-se, simplesmente, que eu própria fiquei abalada com a minha lembrança aqui. Um blog serve para tudo o que quisermos mas para mim é um ponto de fuga e de encontro. Fuga e encontro. Isso. Mas não esta terrível saudade e nostalgia que me deu, sem côr, a preto e branco como a foto. Porque tudo vivido com entrega, nas mãos se encontra areia que se solta pelos dedos. Com ela, nós, o âmago de ter sido. Uns pintaram , outros escreveram e falaram. Eu fui.
E como sinto o despudor à solta
E como é preciso cegar os olhos para que o turbilhão se desvaneça
E como se fica tão triste com as árvores cortadas e as casas abandonadas, e os mochos bem falantes, e as páginas "presumivelmente" correctas mas andróginas

Farei a seguir o que entendo melhor, no agora.