quinta-feira, junho 29, 2006

Porque...







"Crente é pouco.
Sê-te Deus
e para o nada que é tudo
inventa caminhos teus" (do Borda D'Água 2006)

Quem aqui passa por curiosidade, amizade, vontade, casualidade ... já reparou que parece que tenho muitas coisas a dizer. E sim, mas. Muitas vezes, o silêncio e estar só, é o mais importante para mim. Tem dias ... neste momento, com árvores.

PS.: Sabem o que eu acho? Ainda mal havia luz, há 60 anos ... e um dia, uns fios, um interruptor e pronto! A luz era fracota e falhava às vezes. Eu sempre pensei que uns seres pequeninos "transportavam" do sol, a claridade para casa... E semi-cerrava os olhos, num feixe de luz, e eles lá estavam, a mexer! Sério. Agora, é parecido. É que os anõezinhos que andam a levar isto e aquilo do meu lugar para aqui e ali, nomeadamente para aqui estão cansaditos.

I try hard ...

Ando em tentativas e como não tinham saído todas as minhas preferências...



... aqui vai, em molho! Posted by Picasa

Especial para a minha Amiga que "Vê" - part two

Antes que desapareçam todos os tons, levados pelo vento de Verão. Lisboa tinha acenos em muitos sítios e lembrei-me do roteiro da minha Amiga. Captei os mais "insignificantes", de acordo com a pouca perícia e nenhum conhecimento. Cabeça e maquineta, no ar: há coisas que são irresistíveis, mesmo que me perca de todos e a todo o momento ouça dizer "onde estavas? onde foste? o que é agora?" ... digo como a Raínha: são flores, meu senhor ...



 Posted by Picasa

terça-feira, junho 27, 2006

...mas o que quero mesmo ...


...é intervalar com ESTA!

...que não desisto




Esta saiu a mais ...



...de mais alguns ...

Mais...







...visto que não sei fazer de outra forma, a ver o que passa agora (ou há limites?).

Tempos de trazer/prazer/lazer



Depois de secretariar as minhas ligações, faço hoje o que gosto, finalmente.
Que é ter, ver outra vez e mostrar, os preciosos momentos em que os meus olhos estavam felizes! Sem qualquer pretensão extrapolada de bytes, zooms, luz e aberturas de lentes. Algumas vezes, os diabinhos dentro das máquinas avisavam "coisas", mandavam sinais. Mas eles não me conhecem pessoalmente e muito menos o poder do meu instante olho/dedo. Todas as minhas fotos são pessoais e intransmissíveis a não ser quando as dou. Estas são somente reportagem de momentos com dois bs: Belos e Bons.
Começo pelos meus azulejos, apoteose da escrita e da imagem em azul, em ocre. Sentimentos religiosos, promessas e avisos, amorosos, divertidos, meras lembranças de alguém desaparecido, indicações úteis ... algumas são delícias que um dia irão desaparecer sob o picão do pedreiro e a ordem do "arquitecto". Nós sabemos como é: desatam a modernizar (o que para muitos quer dizer destruir) e lá vai desenho, calçada, canteiro, ferro forjado em poema, pedra lavrada substituída por um leão sorridente ou vidro martelado. Durante anos me espantei com uns pilares à entrada duma casa/moderno palacete na Av., onde havia dois bichinhos pintados de castanho, pata erguida sobre uma esfera ??? com dentes muito arreganhados e brancos...
Mas se me ponho a pensar nos lagos do "mijãozinho" e nas entradas com estátuas de busto melancólico, adeus tempo de Azulejar. Pronto. Ponto.

Resposta a Sábado

Penso/escrevo...
“Vou ser breve. Quero ser breve. Não sei se consigo.
A única “alegria” que me deu o teu telefonema foi ter-me certificado de que te recordas de mim. Como eu de ti. Das minhas coisas. Antigas porque as outras não as conheces. Como eu as tuas.
Tiveste, mais uma vez, o cuidado de tornar isso um acaso, como tantas vezes dizias “Percebes, …?” e respostas não escutavas.. Falamos dialectos diferentes o que não significa que não nos entendamos para além de palavras. Aceitar é outro assunto. Importar com … é outro assunto. Fui sabendo de ti pelos pontos comuns que temos. Deixei de perguntar. Felizmente as … fizeram a ponte, a única ponte possível porque foram aparecendo (tu foste uma ferida aberta muito tempo).
A pequenita dizia “…falas à Puerto…” . Isso eu aceitava duma miúda. Tudo o que foste dizendo a mim ou de mim, não aceito.
Contudo, esta é a forma privilegiada de falarmos. Temos teclas para arrumar coisas, delete, trash, turn off. Se não fôr para nos tratarmos BEM e digo BEM mesmo, nem vale a pena a gente falar-se ao telefone ou aqui. Tenho tentado pôr coisas e pessoas de lado porque estou igual a mim mesma. Ainda ando a aprender a proteger-me. Ainda não sei. Gosto mais de estar só ou sair, daqui. Continuo a sofrer mas evito. Lembro milhares de coisas e tal como disse, a memória é – a maior parte das vezes – uma cama de sacrifício. Gosto desta imagem porque tem pregos com a ponta para cima. Se puder evitar, deito-me noutro sítio.
Muitas vezes pensei que se não tivesses sido como (és), a tua casa seria um lugar onde me poderia acolher, melhor que a minha e longe. Tantas vezes a desejei ter. Nas doenças e nas solidões. Nas fugas e no desemprego. Era capaz de entrar nela de olhos fechados e ir reconhecendo as coisas com os dedos.
O meu … é óptimo e é bonito. Tudo o que poderíamos querer e mais o que nos surpreende e orgulha. Ele vive e trabalha há dois anos aí. Foi-me difícil aceitar o sítio. Estava riscado do meu mapa; nós sabemos bem porquê, tal como durante anos e anos esteve nele. Assim como a minha área para ti, fora do teu percurso sem eu saber porquê. E já vou longe, acabo agora.
Não sem o gosto de te mandar uma foto de … com quem nunca falaste e que nunca viste. Como eu falei e vi as tuas filhas, grandes, gostando sempre delas.
Apropriadamente….

segunda-feira, junho 26, 2006

Também guardarei a Amizade (mesmo que seja numa caixinha)


Ontem, deram-me flores. Das cores que mais aprecio. Não sabendo bem o que é "público" ou "privado", apetece-me deixar aqui palavras para pessoas que se reencontram no espaço. Algumas surpresas felizes outras nem tanto. Transportamos para aqui os nossos gostos e egoísmos, diria mesmo os "lobbies". Por isso os grupos se formam e nota-se. Os meus Grupos só me interessam em nome do conhecimento, da psicologia das relações, da partilha de saberes e sabores da Natureza, da História, das viagens e imagens. Eu sei dos meus gostos mas encontro quem também os tenha e não preciso de pôr um anúncio nem pagar quotas. Descobri, em meses de contacto com o maravilhoso "Dias...", gente que adoraria abraçar, outros que gostaria de conhecer, com quem gostaria de passear. Descobri também a solidão e sofrimento que se expressa em textos e poemas: e por isso não estou (não estamos) só. Apetece-me às vezes responder muitas respostas, mandar palavras de apoio solidário (alguém está doente dos olhos, alguém persegue a ideia duma criança sua, alguém fala do luto). O resto, ponto final, parágrafo, adiante. Mas relevo a generosidade de quem DÁ, aqui e agora.
Assim, porque me apeteceu como escrevo no princípio, aqui é inscrita uma amizade insólita (é o mínimo que posso chamar-lhe), conhecida há décadas, partilhada em tempos bons e maus. De quem não sabia nada ultimamente mas que existe num riso plasmado numa fotogarfia do meu quarto: em Holland Park, o roxo e o amarelo, uma alegria de juventude cúmplice.
Para ela foi a minha saudação esta tarde. E como ambas temos e gostamos de caixinhas, talvez se possa guardar um pouco de perfume de alfazema, o perfume da nossa adolescência.

quarta-feira, junho 21, 2006

À volta das voltas



A verdade é que senti a falta do meu "canto", uma espécie de desconforto de sítio. Mas claro que, mais verdade ainda, é a saudade/nostalgia dos lugares de passagem e do sossego dos olhos. Lugares que existem há séculos e, para mim, se mostraram. Em viagem introspectiva. Em poucas palavras, eu fui assim, como o anjo caído. E voltei com a memória cheia de árvores, flores, verde, azul, sol e chuva. Tal como a imagem/pedra que ri.