"Tínhamos 20 anos. Não admitíamos que ninguém dissesse que aqueles eram os melhores anos da nossa vida"
Paul Nizan, contemporâneo de J.P. Sartre. Morreu cedo. Mais ainda por isso, tem toda a razão no que disse. Mas nem sei bem se o escreveu assim: sei que eu lhe dou o significado do que sinto, agora.
Vou levitar os pesares noutras paragens, umas semanas. Imagino dormir nos montes de feno, o comprimido redondo do sol mais oblíquo e tomado a seco, com o ar líquido.
Imagino silêncio de Alentejo - temos tanta nostalgia branca e beige, alentejana... - tropeço o olhar noutras cores do mar mais a sul. Com as pedras e as oliveiras tenho encontro.
Nem sei quando me levantarei desse descansado/descampado.
Presa perto, tento construir um estar diferente, por ser longe.
(DEI: não tive/terei tempo físico/mental, para passar/falar com e nas minhas incipientes irmandades de espírito. As que me estendem a corda da frase, a mão dos sentimentos. Tenho-as e levo-as, todas no tal sítio-memória que pulsa, no bater do coração. E a memória é uma árvore carregada de frutos, nem todos são(s), que tantas vezes me pesa.).