quarta-feira, março 30, 2011

Política de barraca


...ou de como ultrapassar a crise.

(andam a brincar não aos pescadores mas aos cowboys)

Este é o meu comentário.
(a foto surgiu-me inopinada a mente, após leituras várias)

quarta-feira, março 16, 2011

Exposição na Biblioteca Almeida Garrett Porto 12.03.2011



Ora! para o que me deu...uma trabalheira e os olhos piscos pela noitada.
Conseguir carregar-me euzinha, entender-me nas estrelinhas e entrelinhas, escolher (e afinal parece-me que saíram mais do que as escolhidas), endadovidar-me - quer dizer, dar os meus dados de novo ao éter - esperar pelo gestor da coisa, o carregamento, o espaçamento...
um tormento!
Bem sei, a crise... a gravataria em procissão, os espécimes dos camiões que dão a fruta e o leite à gente - sim, que as vacas e as leitarias não têm leiteoducto ou já tinha sido contaminado, boicotado, eu sei lá! - o gasóleo, o nuclear, o enrascanço (e o "des" de alguns), os buracos de golf e outros.
Uma pocilga.

Obrigadinho, já a tenho que chegue, à crise.

Olharei para a minha 1st movie, look at the trailer
com a paciência que para a beleza tenho.

domingo, março 13, 2011

As fadas





...deste Inverno.

Tantas que terei de as soltar algures,
como um cantar
num movimento-momento colorido que me fique para o ano inteiro.

terça-feira, março 08, 2011

8 de Março (1948-58-68)



Debati-me desde a madrugada contra os slogans.
Mas se eu/nós os comemorávamos antes do 25 de Abril, no segredo dos risos e da importância das decisões que então - as jovens - tomavam?
Porque não HOJE
lembrar as minhas mulheres,
as que foram, as que estão, as que hão-de vir?
Feliz dia, antes e futuro, minhas queridas mulheres. Força num mundo solidário.
Não o pacote de arroz, antes o afago. O dia a dia.
Olhar a direito, mesmo com os olhos ainda ou já cerrados.

(a uma, hoje, ouvi o chôro e dei da minha comida - ser solidária é um estado de estar vivo. Sempre fui um ser de partilha e os bocados de mim estão no espalhar de um universo cheio de cometas fulgurantes; se só eu os recordo, que importa?)

segunda-feira, março 07, 2011

Por estas alturas do fim do Inverno





... as camélias salvam-me da cinza.

E dizem, segredam um piscar de pétalas:

"forget me not"

quinta-feira, março 03, 2011

Clausuras








Sempre de clausuras várias somos feitos.
Das casas, das emoções, dos sentidos presos.
Pelo desencanto, do cansaço.
De grades ou pelas conveniências.

Tempo verbal que nunca chegou a expressar-se claramente mas foi/é usado: enclausurar, conservar dentro; pode ser uma mão nos olhos, uma ferrugem do tempo.

Quando se corta o caminho, quando se evita a palavra, quando se prefere o ruído ao silêncio.
E a parede é somente uma parede áspera, sem espera.

As flores do meu (des)contentamento



Ofereci uma japoneira - cameleira -, esta, há muitos anos.
Julgo que as camélias podem crescer selvagens em lugares onde ninguém vai,
como pessoas,
mas alguma vez plantadas e olhadas com amor -
com desvelo de as ver crescer.

Tenho saudades dos tons.
Dos sons.
E olho esta árvore sobressaltada com a sua solidão.