quarta-feira, agosto 21, 2013

A casa como-vida


"Temos para com os campos a obrigação de que as nossas casas não sejam inferiores ao terreno virgem que elas substituíram. Devemos aos vermes e às árvores que os edifícios com que os cobrimos se ergam como promessas das mais elevadas e das mais inteligentes formas de felicidade."

(respigado da "Visão" de 8.8.13 sobre o livro de Alain de Botton "A Arquitectura da Felicidade")

Sempre sonhei com uma casa de estar: cave para as memórias, ao rés-do-chão a vida em comum, lugar com terra e árvores para pousar pés, e dobrar as costas às ervas e às flores, cozinha grande para ler e conversar e receber - e também comer -, uma mansarda para os sonhos, virada ao mar. E, sendo  este o meu país, de frente para as tardes do pôr do sol, o nascente a amanhecer nos quartos.
Acho, de mim para mim, que seria uma das formas da felicidade.
Assim me (a)pareceu este encadear de foto/pensamento com o pasmo desta construção.

terça-feira, agosto 06, 2013

Imenso


Que fazer com isto tudo, à volta e em volta?

Muito penso, muito olho, tanto sinto, pouco digo e faço. 
Cresce-me a revolta como nunca (a onda da Nazaré, dizem? Será mais um maremoto surdo).

Mas que beleza, tão refúgio, a da paisagem que se sonha!