terça-feira, abril 26, 2022

PPP - Agenda para Abril 2022

Vão-se correndo os dias, adiando clarões e razões. A proposta para este mês pôs-nos todos a pensar "maduramente", mesmo sobre tempos jovens. Ou seja, parece que todos escavaram fundo as memórias e as ilações. Por mim, as semanas uma a uma, foram recordadas com alguma mágoa mas com afecto.

Sobre a "Infância": Esse meu tempo de infância foi passado em lugares muito exíguos, dir-se-iam agora "confinados". E as fotografias eram raras.

Aproveito as de "casamentos", os vestidinhos de piquêt ou de fazenda muito fina, que tinha um nome que já esqueci, bual? Feitos e bordados pela minha mãe



 

Esta fotografia é "de película", acampamento na Quinta da Conceição


Veio seguindo a juventude, as poesias, as canções e os encontros, cândidos encontros. A floração dessa época, inestimável e inigualável. Poucos saberes/muitos sabores, uma visão de presente/uma cegueira de futuro.




Fotografias que considero "da Juventude", fim dos anos 60, o meu gosto pela vida e as gentes, o verde-candeeiro que duas amigas me deram como prenda de casamento, as violetas, a aldeia dos meus antepassados, onde nunca tinha ido.

Em "Maturidade" os horizontes de Londres, por intervalos, foram constantes em três décadas de vida. São cenários (e tantas fotografias, só e tanta gente!) ainda muito presentes. O que aprendi, o que aceitei, o que recusei. Na verdade, se o pensamento estava na lua, tinha "o pé na estrada e o olhar nos outros". Uma frase do prof. Coimbra de Matos. 


 

Na "Velhice" a novidade da presença de uma criança que...

nos horizontes de fantasia, ao longe mas muito ao longe, brilha como um sol na travessia
 

 

E vejo esta fotografia como cenário das estações da vida,

de abandono e de partida, uma locomotiva nova e as carruagens velhas, cheias de sinais.
Se retirar o meu gosto pelos gostos habituais, apenas preciso ficar descansada, recorte de nada na paisagem dos anos passados.