Dei com esta pasta de "grades" em escolhas dentro de escolhas, círculos dentro de círculos. A que "grades" me referia eu, em 2010? Deverei já ter publicado algumas, algures. Mas onde? Não sei, e certamente escolhi estas Grades, da minha velha máquina HP, com o mesmo sentido com que as junto e publico agora. São anos, se-gredos, de-gredos, de-grades, como as fui sentindo (e sinto), 2008/09/10.
As "grades" que me abriram portas no pensamento, palácio árabe, escavações romanas
uma quinta perdida no sul de Espanha
As "grades" das ruas antigas atrás de ruas novas, de Lisboa
"Grades" velhas e abandonadas, num lugar perto de Mafra, onde procurei poiso e repouso
O nevoeiro da Ponte, entre "grades"
As "grades" de um passeio a pé
e as das casas, preciosas nas suas formas de renda
"grades" de brincar e espreitar, com a piada dos óculos à janela
as "grades" que nos impõem os grandes grupos económicos e bancos, por esse mundo além
A beleza das "grades" enferrujadas e esquecidas
A "grade" que se escolhe e pode ser um refúgio temporário
A sumptuosidade dos palácios
o debruçar sobre as "grades" milenares onde um rio corre há séculos,
tudo são recordações de andarilhar, nem muito longe, apenas notando que ultrapasso as "grades" quando passeio e olho e penso: fora das grades de alumínio e vidro das minhas janelas habituais.
Visto que aqui abro a "grade" da memória.