quarta-feira, outubro 29, 2014

Sempre

... me falam as pedras.
Embora eu, calada.
Santa Catarina de Sítimos, algures em Setembro. Pelo que soube, haverá vestígios dum templo pagão dedicado a Vénus, deusa do Amor e da Beleza. Ora bem a propósito aos meus propósitos.
Encosto-me a elas, pedras, para encontrar a força das coisas já que as pessoas raramente correspondem ao que se espera que sejam. Normais.
Pelo menos as pedras são gastas ao sabor do tempo e não às contingências do modo.

(os meus conhecidos daqui que me desculpem: hei-de voltar a conviver com eles e o que aprecio deles, em dias mais foscos e interiorizados)

terça-feira, outubro 21, 2014

Desenho 4

Aprende-se num equilíbrio instável esta dificuldade de viver,
sobre uma pena de pássaro, perdida.


E cobrimos o rosto num esgar, que sorriso não é, com as nuvens que nos assaltam.

sábado, outubro 11, 2014

Desenho 3

Aprendi que os corvos marinhos pousam entre as marés,
quando têm as asas molhadas,
e as distendem ao vento.


Há lugares improváveis para descansar.


Da simplicidade das coisas (in) úteis, nas paisagens sem mancha. Onde pássaros sossegam, gatos adormecem e escadas não levam a lado nenhum.
Ícaro a quereria sua.


Tudo (me)encontro em lugar de pousio.

quinta-feira, outubro 09, 2014

Desenho 2

Dos lugares livres
asas mesmo assim!