domingo, maio 20, 2012

De longe de faz (de conta) perto

...este país tão lindo - tão diverso
e tão diferente do que falam em Lisboa, os(es) croques, ou melhor os craques, da economia, da bola e outros!
Esta gente sem fundos, com terra e sem nada,, uma laranja, mil laranjas e ninguém para as colher!
Este lugar de sul.
Esta paisagem imensa, dos bolos artesanais, do arroz de lebre, de xarém de conquilhas.
Os estrangeiros de mil vozes diferentes, espapaçados ao sol, camarões cozidos saídos de pátrias de "forte economia" e fraco sol.
O medronho, o medonho de não amar esta terra. Os homens de fato.
De facto, não são homens mas palhaços.

terça-feira, maio 08, 2012

Viagens para que vos quero!

Acabo por agora as minhas cogitações, ligações. As mais recolhidas num "click"; mais as lembranças das "viagens à solta"; e este "bets" que se cruza e toca em todos os outros. Que sendo eu,  no entanto se afasta cada vez mais do real, pé ante pé ou dia após dia.
Como um desenho em zig-zag do que vou/sou/sinto.






Cadeiras de silêncio. Alguma luz de "clarabóias". Emaranhados.
Pés ou chinelos ao caminho.
E lo co movo-me.

domingo, maio 06, 2012

Mãe




..."Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

 Boa noite. Eu vou com as aves."

Poema à Mãe, de Eugénio de Andrade

(onde te queria, um lugar sem lápides mas com terra e rosas; onde te pudesse pensar, solta a mente, sem o terror de te saber onde)

quinta-feira, maio 03, 2012

Recordações de museu


... onde encontro a oração, a praga dos meus tempos.
Deste mês de perdas.
Nas batalhas dos silêncios - tantos se calaram - e nas guerras de ausências - tantos saíram.
Levo este Maio comigo, 
e murmuro o que me (re)tiraram e o que foi apagado.

Nem uma lápide de bronze ou pedra chegaria.





Nem o resto da vida devolvida.