quarta-feira, agosto 27, 2008

Sempre o TUA











No deambular dos tempos fascistas.
Na pretensão dos democratas de alcatrão e betão.

Sempre belo. Onde "estrangeiros" o comprariam, o levariam, se pudessem!

Aqui, a culpa é toda virgem e entregue a comissões de inquérito - gente que ganhará bem e encontra sempre trabalho, pela quantidade de empregos criados. A bem dizer, guio-me pelo anúncio de "firmas de inquéritos" que pululam por tudo o que é acidente.

Deslize, papel perdido, mulher não assistida, condenado fugido da condicionada (levemente) liberdade, carro em sentido proíbido, conduta de água rebentada, camião desgovernado, as comissões de inquérito abrangentes tratam de tudo.

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Lembrei daquele rio bravo entre pedras: com a distância de quase 40 anos.
E espantei os olhos ao ver hoje o idêntico, ali, chapado no écran.
Sem que nenhuma culpa encontrada, a não ser de haver pessoas sofridas. E um rio belo e solitário, lá pelos montes de trás.

sexta-feira, agosto 22, 2008

Da Pausa

Olhar a água como quem vê futuro


Dobrar esquinas e bordar o olhar

Desencarcerar as rosas e abrir janelas





Da Luxúria dos adereços

... da Gula de peixe flutuante

... da Preguiça de santinho
e outros pecados capitais que não nos era permitido ter em crianças!

Sabe bem, o relaxar das mãos, o vagueio vago.
Imaginar e planear: novos risos antes que o Verão se despeça, a correr, no horizonte mais curto de horas.

Sair do íntimo das casas, mesmo que de vez em quando, e encontrar gente com identidades autênticas.

Reparar como se fosse a primeira vez: nas esquinas iluminadas, na cantaria trabalhada, nas mensagens, nos anúncios ... ah soltar a cabeça e olhar para o alto.

Como gosto de turistar também nos sítios já conhecidos!!!

quarta-feira, agosto 13, 2008

O fim de festa


E creio ter visto ao fim do dia, uma nuvem côr de rosa sobre o azul líquido.

Sentimentos belos e repartidos, equitativamente.

Abraços. Até à vista.

DEI (depois de escrito isto): informo que me encontro repartida(mente) entre pastas e memórias futuras, temendo ficar como Narciso, olhando babada(mente) fotos e fotos chegadas das hábeis mãos já treinadas nestas lides!

Aniversário em (câmara l) "enta"

Rosas e um bolo cantado com Amizade, todos fotogénicos. A Amizade, essa brilhava!


Sardinhas que preferiam a praia, saltaram da travessa, travessas!


Tivemos a "sorte" por companhia e panos de riso esvoançando no azul.


E era sempre em frente!


Janelas engalanadas para quem "jogava em casa" e a promessa de pelo menos haver pão, real.

Um cão quase saltou o muro para se juntar ao grupo. Outros ficaram, tal como os companheiros gatos, heroicamente esperando os donos.



A um toque de clarim vindo dos lados de Mafra, alguns pés e pneus se puseram a caminho e vontades se juntaram.
Com decoro, o quorum possível e afinado coro, se realizou o (e)vento!

Houve quem viesse da outra banda (o avião é pura coincidência). Quiçá de bandas inesperadas.

sexta-feira, agosto 01, 2008

A fechadura


...no trinco, porta encostada, em sossego.
(verdade que o mês de agosto me é excessivo, deixá-lo ir passando!)

Forte doce enigmática: a pequena face muda.
Pregos enormes nas tábuas velhas da memória, polida pelos séculos.
"Até depois" - diz o tempo.

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